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Preço dos ovos dispara quase 80% entre 2022 e 2025

Lusa 27 de março de 2025 às 18:03

Segundo dados da Deco enviados à Lusa, só entre 01 de janeiro e 26 de março deste ano, o valor de meia dúzia de ovos aumentou de 1,61 euros para 2,05 euros, ou seja, 27%.

O preço de meia dúzia de ovos subiu quase 80% entre janeiro de 2022 e março de 2025, passando de 1,14 para 2,05 euros, sendo que este ano já encareceu perto de 30%, segundo dados da Deco.

Segundo dados da Deco enviados à Lusa, só entre 01 de janeiro e 26 de março deste ano, o valor de meia dúzia de ovos aumentou de 1,61 euros para 2,05 euros, ou seja, 27%, sendo que ficou praticamente estável (entre 1,61 euros e 1,62 euros) desde o início do ano até 05 de março.

Já a partir de 12 de março, houve um acréscimo para 1,70 euros, até ao máximo de 2,05 euros contabilizado na quarta-feira.

Por sua vez, no ano passado, a meia dúzia de ovos custou mais sete cêntimos, passando de 1,54 euros para 1,61 euros, e em 2023, o preço dos ovos desceu seis cêntimos, de 1,59 euros para 1,53 euros.

Contudo, em parte deste período, de 18 de abril de 2023 a 04 de janeiro de 2024, esteve em vigor a medida IVA zero, que surgiu na sequência de um acordo entre o Governo, a produção e a distribuição e incluiu os ovos de galinha, para combater o impacto da inflação no rendimento das famílias.

De acordo com os dados recolhidos pela Deco, a associação para a defesa do consumidor, em 2022, o agravamento do preço da meia dúzia de ovos ultrapassou os 40%: em 05 de janeiro de 2022, meia dúzia de ovos custava 1,14 euros, sendo que em 28 de dezembro já estava nos 1,60 euros.

A subida do preço dos ovos começou a sentir-se nos EUA, devido a escassez deste alimento, potenciada, desde logo pela gripe das aves, que originou o abate de milhões de galinhas.

O índice de preços no consumidor dos EUA, que foi publicado em fevereiro, revelou que o preço de uma dúzia de ovos naquele mercado rondava os 4,95 dólares (cerca de 4,59 euros) em janeiro, um máximo desde agosto de 2023.

Devido à falta de ovos, os EUA têm pedido mais exportações a países como o Brasil, mas também à Europa.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) disse à Lusa que a capacidade produtiva do país é de 104%, o que significa que Portugal tem uma pequena margem para exportação, tirando a percentagem que corresponde ao consumo interno.

Portugal chegou a ter uma capacidade produtiva que rondava os 115%, mas o aumento do consumo ditou a sua descida.

Por outro lado, conforme destacou o secretário-geral da CAP, Luís Mira, os norte-americanos consomem ovos brancos, enquanto na Europa são sobretudo os castanhos. As diferentes cores estão relacionadas com as raças das galinhas usadas para produzir.

No início do mês, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o seu antecessor, Joe Biden, de deixar o país numa "catástrofe económica e um pesadelo de inflação", incluindo com falta de ovos em muitos supermercados ou com preços muito elevados.

"Joe Biden deixou o preço dos ovos sair do controlo e estamos a trabalhar arduamente para reduzi-lo novamente", disse Trump.

REUTERS/Amir Cohen
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