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Seis detidos por cânticos racistas no Bulgária-Inglaterra

16 de outubro de 2019 às 19:31

A videovigilância no estádio Vasil Levski permitiu identificar nove adeptos procurados por entoarem cânticos racistas e fazerem saudações nazis. Seis adeptos foram detidos e três pessoas são procuradas.

A polícia búlgara deteve seis adeptos na sequência dos incidentes racistas registados na segunda-feira no jogo Bulgária-Inglaterra (0-6), em Sófia, de apuramento para oEuropeu2020de futebol, informou esta quarta-feira aquele organismo policial.

"Seis pessoas estão detidas, três são procuradas e continuam as investigações para estabelecer a cumplicidade de outros", afirmou aos jornalistas o chefe da polícia de Sófia, Georgy Hadzhiev, que confirmou o envolvimento de 15 suspeitos.

A videovigilância no estádio Vasil Levski, na segunda-feira, permitiu identificar nove adeptos procurados por entoarem cânticos racistas e fazerem saudações nazis, tendo sido ainda realizadas vários interrogatórios a adeptos na cidade de Plovdiv.

O encontro de segunda-feira entre as seleções da Bulgária e da Inglaterra, em Sófia, foi interrompido pelo árbitro na sequência de insultos racistas provenientes das bancadas contra alguns jogadores ingleses negros, tendo Tyrone Mings, Marcus Rashford e Raheem Sterling sido dos mais visados.

Seguindo os regulamentos da UEFA, o árbitro fez um anúncio através do 'speaker' do estádio, exigindo aos adeptos que parassem com o comportamento racista, numa altura em que estavam decorridos cerca de 30 minutos, tendo ainda uma longa conversa com os dirigentes das duas seleções no final primeiro período.

O estádio Vassil-Levski, no qual foi disputado o jogo, que Inglaterra venceu por 6-0 -- a pior derrota em casa da Bulgária -, já estava debaixo de uma sanção da UEFA, uma vez que uma tribuna de 5.000 lugares se encontrava fechada, devido a incidentes racistas durante o jogo com o Kosovo, em junho.

O incidente motivou a demissão do presidente da União Búlgara de Futebol, Borislav Mihaylov, que tinha sido exigida pelo governo daquele país, e levou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a condenar os atos de "racismo ignóbil" e a pedir uma "ação forte e rápida da UEFA".

A UEFA instaurou um processo disciplinar contra a Bulgária, manifestando-se empenhada em erradicar o racismo do futebol, considerando que só com um esforço conjunto com governos, federações e organizações não governamentais (ONG) poderá ter êxito nessa missão.

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