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Suspeitas de esquema na venda de bilhetes levam a buscas na Porto Comercial e loja do Associado

Andreia Antunes 12 de maio de 2024 às 13:22

As buscas estão a ocorrer horas antes do Porto, terceiro classificado da I Liga, jogar contra o Boavista, 14.º, às 20h30, no dérbi portuense da 33.ª jornada da liga.

A Porto Comercial, que  pertence ao FC Porto, e a loja do Associado do clube estão a ser alvo de buscas no Estádio do Dragão, no Porto, informou este domingo o clube emcomunicado.

"O Futebol Clube do Porto informa que estão a decorrer buscas numa das participadas do Grupo, a Porto Comercial, e na loja do Associado no Estádio do Dragão, e desde já compromete-se a prestar todo e qualquer apoio às autoridades no desenrolar das suas diligências", refere o comunicado da direção do clube.

Na origem das buscas estão as suspeitas ligadas à alegada prática de crimes de distribuição e venda de bilhetes para os jogos do FC Porto e a falsificação dos mesmos, e também alegados crimes de abuso de confiança qualificado.

"Já foram apreendidos milhares de ingressos para espetáculo desportivo, quantias monetárias e já foram, também, constituídos arguidos mais de uma dezena de indivíduos", informou uma fonte oficial da PSP afirmou à agência Lusa.

As buscas iniciaram-se na manhã deste domingo para "dar cumprimento a vários mandados judiciais" e estão a ser feitas "com o apoio de diversas valências policiais", confirmou a mesma fonte.

As diligências estão relacionadas com a Operação Pretoriano, tendo sido constituídos 10 arguidos, avançou a CNN.

A SÁBADO já tinha revelado em fevereiro que os Super Dragões usavam as Casas do FC Porto para angariar bilhetes que vendiam no mercado negro e o facto do chefe da claque ser suspeito de ter enriquecido com esta receita ilícita.

A Operação Pretoriano investiga os incidentes que ocorreram na Assembleia Geral Porto, a 13 de novembro do ano passado, sustentando o Ministério Público que a claque Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo", para que fosse aprovada a revisão estatutária "do interesse" da então direção do FC Porto, liderada por Pinto da Costa, antigo presidente do clube.

Já a 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas , incluindo dois funcionários do clube e o líder da claque, Fernando Madureira, que continua em prisão preventiva, juntamente com Hugo Carneiro, membro da claque, mais conhecido como "polaco".

Em causa estão crimes de ofensa à integridade física, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos e produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação.

As buscas estão a ocorrer horas antes do Porto, terceiro classificado da I Liga, jogar contra  o Boavista, 14º, às 20h30, no dérbi portuense da 33.ª jornada da liga.

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