Covid-19: Comité Médico da FIFA diz que futebol não deve regressar até setembro
Michel D'Hooghe, presidente do Comité Médico da FIFA diz que "é preciso ter mais paciência" pois "o mundo não está preparado para o regresso do futebol competitivo".
O presidente do Comité Médico da FIFA, o belga Michel D'Hooghe, defendeu hoje que o futebol não deve regressar antes de setembro, devido à pandemia da covid-19, e assumiu que "é preciso ter mais paciência".
"O mundo não está preparado para o regresso do futebol competitivo. Eu espero que isto mude depressa, mas é preciso ter mais paciência", disse D'Hooghe, em declarações à cadeia de televisão britânica SkySports.
As declarações do médico belga, que também é membro do Comité Executivo da FIFA, acontecem numa altura em que alguns campeonatos europeus, como a Bundesliga e a Premier League, começam a preparar o regresso à competição para fim de maio e inicio de junho.
"Estamos a viver a situação mais dramática desde a II Guerra Mundial. Não podemos subestimar isso. Temos que ser realistas. O futebol só poderá regressar quando o contacto for novamente possível", frisou o dirigente de 74 anos.
Oficialmente, a FIFA ainda não anunciou quando o futebol pode regressar em todo o mundo, mas um dos vice-presidentes, o canadiano Victor Montagliani, também numa entrevista recente, reconheceu que isso só deve acontecer nos últimos meses do ano e, de preferência, já com a existência de uma vacina do novo coronavírus.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 211 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 948 pessoas das 24.322 confirmadas como infetadas, e há 1.389 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
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