Quando Ângelo Rocha começou, o mercado era tão pequeno que ia à Alemanha escoar os produtos que cultivava; a família de Henrique começou por produzir para comer e hoje é um dos maiores fornecedores; Pedro passou de cliente militante a patrão de uma grande loja e Joana faz “trabalho de ourives” com minilegumes. O biológico é uma tendência e uma oportunidade, uma convicção tornada negócio
Até aos oito anos, Alfredo Cunhal Sendim passava o mês de Setembro no Alentejo, numa das herdades do avô (um latifundiário com 7 mil hectares de terra) chamada Freixo do Meio. Mas esse seria o seu único contacto com a terra até aos 25. O menino de Lisboa fazia desportos de mar e o que queria mesmo era estudar Oceanografia. Não foi o que aconteceu. Não só acabou por se dedicar à terra e se mudar para o campo, tal como o avô, como converteu a herdade da sua infância numa produção biológica de referência. O lugar onde em 1997 se produziu a primeira carne biológica certificada (um peru preto) e onde hoje se encontra toda a dieta – além dos legumes e da fruta, há frango, ovos, leite, azeite, vinho, conservas e enchidos –, excepto o peixe. O mesmo que agora vende para grandes superfícies como o El Corte Inglés, tem uma loja no Mercado da Ribeira na capital e alimenta 80 famílias em Lisboa, Montemor-o-Novo e Évora. E que possui ainda um restaurante, que serve um cozido (biológico) em panelas de barro a mais de 100 pessoas, e uma "casinha de hóspedes".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.