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Mortes por doenças do aparelho circulatório e cancro atingem valores mais altos da década

21 de fevereiro de 2020 às 13:36

Em 2018, registaram-se no país 113.573 óbitos, mais 3,1% (3.386 óbitos) do que em 2017.

As taxas de mortalidade por doenças do aparelho circulatório e por tumores malignos atingiram em 2018 os valores mais altos da última década, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados hoje divulgados pelo INE relativos às causas de morte em 2018, registaram-se no país 113.573 óbitos, mais 3,1% (3.386 óbitos) do que em 2017.

As mortes por doenças do aparelho circulatório e por tumores malignos aumentaram, respetivamente, 1,7% e 1,5% em relação ao ano anterior, continuando a representar mais de metade (53,6%) das mortes ocorridas no país.

Em 2018, considerando apenas os óbitos de residentes, a taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório foi de 318,3 por 100 mil habitantes, atingindo o valor mais elevado desde 2008.

"Apesar deste aumento, o número médio de anos potenciais de vida perdidos devido às doenças do aparelho circulatório (10,3) foi menor que no ano anterior (11,2), para o qual concorreu a diminuição dos óbitos de pessoas com menos de 70 anos por estas causas", sublinha o INE.

No topo das doenças do aparelho circulatório estão as doenças cerebrovasculares, com 11.235 óbitos, seguidas pela doença isquémica do coração (7.241) e do enfarte agudo do miocárdio (4.620).

Em comparação com outras doenças do aparelho circulatório, nomeadamente as doenças cerebrovasculares e o enfarte agudo do miocárdio, a doença isquémica do coração apresenta taxas brutas de mortalidade mais elevadas nos grupos etários inferiores a 65 anos.

Os dados do INE indicam ainda que a taxa de mortalidade por tumores malignos foi de 270,8 por 100 mil habitantes, mantendo-se a tendência de aumento. O número médio de anos potenciais de vida perdidos devido a tumores malignos (11,0) foi inferior ao registado em 2017 (11,2).

No conjunto dos tumores malignos, o INE destaca 4.317 mortes provocadas por tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão, que representaram 3,8% do total de mortes no país e um aumento de 1,8% em relação ao ano anterior.

Os tumores malignos do cólon, reto e ânus representaram 3,4% da mortalidade em 2018, com 3.820 óbitos (menos 0,8% que no ano anterior).

Os indicadores hoje divulgados pelo INE incluem os principais grupos de causas de morte por doença, destacando-se as doenças do aparelho circulatório, os tumores malignos, as doenças do aparelho respiratório e as doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, bem como as mortes por causas externas de lesão e envenenamento.

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