Fenómenos climáticos extremos indicam que acção é urgente
Calor recorde, oceanos a subir e o aumento das emissões de dióxido de carbono revelam uma urgência de acção para travar as alterações climáticas.
Fenómenos extremos como calor recorde, oceanos a subir e o aumento das emissões de dióxido de carbono revelam uma urgência de acção para travar as alterações climáticas. O aviso ocorreu durante a 23.ª Conferência das Nações Unidas sobre Clima, em Bona.
No final da cimeira, mais de 15 mil cientistas vindos de 184 países concordaram relativamente ao diagnóstico de que o planeta "está a ser desestabilizado pelas alterações climáticas", avançou a agência Lusa.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, 2017 deverá ser um dos três anos mais quentes que já foram registados registados.
Os cientistas explicam que o gelo antárctico baixou para mínimos nunca antes registados e que os glaciares dos Alpes continuam a derreter.
De acordo com números do Global Carbon Project, as emissões de dióxido de carbono associadas à indústria e queima de combustíveis fósseis deverão atingir o recorde de 36,8 mil milhões de toneladas este ano, mais 2% do que em 2016.
Já nesse ano, o dióxido de carbono, metano e o óxido nitroso, os três gases que mais contribuem para o efeito de estufa, atingiram concentrações recorde na atmosfera.
O nível dos oceanos sobe a um ritmo de cerca 3,3 milímetros por ano e entre 2004 e 2015 registou-se um aumento superior ao que tinha acontecido entre 1993 e 2004.
Os cientistas avisam que a Terra aproxima-se de "pontos de viragem" a partir dos quais as alterações climáticas são irreversíveis e que se nada for feito, o futuro poderá significar partes da Amazónia transformadas em savana e alterações profundas na meteorologia do Atlântico norte devido à alteração de correntes marinhas profundas provocada pelo degelo das calotes polares.
Os alertas lançados por cientistas lembram também que o número de secas, incêndios florestais, cheias e furacões registados anualmente duplicou desde 1990.
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