Secções
Entrar

Covid-19: Famílias com pessoas infetadas devem usar dois sacos de lixo

18 de março de 2020 às 19:10

Caso o núcleo familiar tenha uma pessoa infetada ou com suspeita, os sacos do lixo devidamente fechados devem ser colocados dentro de um segundo saco, devidamente fechado, e este deve ser depositado no contentor de lixo comum.

A ERSUC - Resíduos Sólidos do Centro afirmou, esta quarta-feira, que as famílias com pessoas infetadas ou com suspeita de estarem infetadas com Covid-19 devem colocar o saco do lixo devidamente fechado dentro de um segundo saco.

A ERSUC, que recolhe o lixo em 36 municípios dos distritos de Coimbra, Aveiro e Leiria, recordou hoje que os resíduos também podem ficar contaminados, apelando à população para cumprir "novas regras no manuseamento do lixo doméstico", refere a empresa, em comunicado enviado à agênciaLusa.

Caso o núcleo familiar tenha uma pessoa infetada ou com suspeita, "os sacos do lixo devidamente fechados devem ser colocados dentro de um segundo saco, devidamente fechado, e este deve ser depositado no contentor de lixo comum".

Segundo a ERSUC, os resíduos devem ser colocados em sacos de lixo resistentes e descartáveis, com enchimento até dois terços da sua capacidade, pedindo para "não encher totalmente os sacos".

Ainda relativamente a casos de famílias com pessoas infetadas, a ERSUC apela para que os sacos sejam sempre colocados dentro do contentor e nunca no chão.

"Se estiver cheio, coloque no contentor mais próximo ou utilize quando estiver disponível", vincou.

Os trabalhadores da ERSUC "continuam todos os dias a contribuir para a limpeza das ruas, através da recolha seletiva, e a garantir o tratamento dos resíduos".

"A melhor forma de lhes agradecer é partilhar e cumprir estas regras e ser compreensivo para com as adaptações à recolha que o seu município e a ERSUC poderão ter de fazer", refere ainda a empresa, no comunicado.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até hoje, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais cinco do que na terça-feira.

A Assembleia da República aprovou hoje o decreto de declaração do estado de emergência que lhe foi submetido pelo Presidente da República com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.

O Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela