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Aliança para combater cancro do pulmão, o que mais mata em Portugal

04 de fevereiro de 2020 às 10:57

Lançada no Dia Internacional da Luta Contra o Cancro, esta aliança foi inspirada no projeto internacional The Lung Ambition Alliance e reúne várias entidades, entre as quais a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a Pulmonale, o Grupo de Estudos para o Cancro do Pulmão, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a AstraZeneca.

Várias entidades uniram-se para fundar a Aliança para o Cancro do Pulmão, um projeto que é apresentado esta terça-feira em Lisboa e que visa "fazer frente" ao tumor que não é o mais prevalente em Portugal, mas o que mais mata. 

Lançada no DDia Internacional da Luta Contra o Cancro, esta aliança foi inspirada no projeto internacional The Lung Ambition Alliance e reúne várias entidades, entre as quais a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a Pulmonale, o Grupo de Estudos para o Cancro do Pulmão, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a AstraZeneca.

Em declarações à agência Lusa, o oncologista António Araújo explicou que a ideia partiu do que se observou noutros países em que "várias entidades e vários profissionais se uniram no sentido de combater uma doença que é altamente prevalente na sociedade, o cancro do pulmão, e que tem um comportamento biológico muito agressivo e, portanto, tem uma taxa de mortalidade muito elevada".

A Aliança para o Cancro do Pulmão "replica experiências que já foram feitas noutros países, nomeadamente nos Estados Unidos e Canadá, e replica uma experiência que foi feita com um organismo internacional, a Associação Internacional de Estudo do Cancro", adiantou o diretor do serviço de oncologia médica do Centro Hospitalar Universitário do Porto.

Segundo António Araújo, todas as personalidades e entidades se comprometeram em tentar "aumentar o conhecimento público acerca desta doença, tentar combater os fatores de risco que levam ao desenvolvimento do cancro do pulmão, nomeadamente o tabagismo, e tentar unir esforços no sentido de diminuir a mortalidade que esta doença causa".

"Nós que há tantos anos trabalhamos nesta área temos percebido que não é o médico individualmente ou uma organização que 'per si' vai conseguir diminuir globalmente, a nível nacional, a incidência do cancro do pulmão e a taxa de mortalidade. Só unindo os esforços de todos é que conseguiremos atingir este objetivo e é isso que se pretende com a Aliança", defendeu António Araújo, uma das personalidades que integra a Aliança.

Durante a apresentação do projeto na Fundação Oriente, em Lisboa, serão ainda divulgados os resultados de um inquérito à população sobre perceções face ao cancro do pulmão, uma doença que vitimou 4.600 portugueses em 2018.

O estudo revela que 34% dos inquiridos admite ter um conhecimento muito limitado sobre o cancro do pulmão, 39% um conhecimento intermédio e 19,5% diz ter algum conhecimento.

Apenas 8,8% admite ter um "elevado conhecimento" sobre esta doença.

António Araújo sublinhou que um dos objetivos da Aliança passa por contribuir para "uma maior literacia da população em relação à doença", sendo que o estudo demonstra que "há espaço e um caminho a ser feito nesse sentido".

"Este estudo vem demonstrar e mostrar que continua a haver um grande grau de iliteracia da população portuguesa no que respeita à saúde em geral e ao cancro do pulmão em particular", vincou.

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