(Onde o autor adjectiva esse grande artista português, José Sócrates, que consegue praticar com grande proficiência vários números de representação, agora num dos papéis em que se exorbita, o de patriota, em ponto de excelência idêntico ao inexcedível de vítima).
A ordem do dia é evidentemente o pedido de ajuda externa ao Fundo de Estabilização Financeira e ao FMI e nem sei se do dia em que escrevo para o dia em que vou parar às bancas se passa ainda alguma coisa extraordinária, como mais um corte de "rating", agora da mercearia do Palácio de S. Bento (à Presidência da República, que é outra gente, ainda vendem fiado). Nem sei se percebo bem como se caiu nisto de supetão, ao ponto de daqui a uns dias não ir haver dinheiro para pagar compromissos do Estado, no exterior e entre muros, com a banca a recusar financiar a República para evitar activos tóxicos (ao fim e ao cabo, a função dela é proteger os depósitos e salvaguardar os interesses dos accionistas) e de aos trabalhadores dos transportes públicos nem valer a pena fazer a grevezinha do costume porque já só há vales. A provocação do PEC IV no modo como apareceu imposta, a ingenuidade do PSD apanhado em contra-pé e a inércia congelante do PR desencadearam o "gran finale", o foguete de fim de festas, mas a queda livre dum longo processo de desporto radical conduzido por Sócrates foi mesmo o pedido de ajuda à EU, na quarta-feira, como se alguém tivesse apertado o patriota Sócrates pelo gasganete.
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O País precisa de uma viragem de mentalidade. De um governante que olhe para a segurança com visão estratégica, pragmatismo e coragem. Que não fale apenas de leis, mas de pessoas, de sistemas, de tecnologia e de resultados.
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