(Onde o autor, um estrénuo defensor da estabilidade, como nesta sede sustentou até ao enjoo, anota que este é um momento péssimo para o despoletar da crise mas que o fim da linha chegou quando Sócrates decidiu abri-la ou fez o seu melhor para que isso acontecesse, sendo que, mesmo demitido, nele está também a chave do futuro, Arre!).
Para a conferência europeia a coisa fica remediada, vai um primeiro ministro sem poderes mas com o título, basta o PR adiar a aceitação do pedido demissionário. Mas as coisas não ficam nada bem, digo eu, no "understatement" do ano. Tudo tem um fim, e este governo PS não tinha quaisquer condições para durar toda uma legislatura. Um governo minoritário não passa de um governo de gestão graduado, característica que se torna clara em tempos conturbados ou em crises pontuais, e fica permanentemente em ponto de ruptura se lhe falta capacidade de diálogo e consenso, actuando como se maioritário fora. Logo à partida, com o número de propor coligações ou acordos a todos os partidos, do BE ao CDS, fazendo na prática o contrário, Sócrates evidenciou que não tinha condições subjectivas para durar quatro anos. Só mesmo quem emprenha pelos ouvidos, e não de forma normal pelos actos adequados, poderia acreditar na seriedade da oferta, apenas mais uma jóia da governação mediática por palavras e encenações. Isso era apenas um programa para o falso diálogo, movido por um surdo de nascença.
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A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.