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Versão beta da IA portuguesa, a Amália, estará concluída este mês

Lusa 20 de março de 2025 às 20:46

Esta versão vai servir de base de treino e desenvolvimento para as versões seguintes - a base (disponível no terceiro trimestre de 2025) e a multimodal (segundo trimestre de 2026).

O Governo informou hoje que a versão beta do grande modelo de linguagem (LLM) português Amália, que tem por trás a mesma tecnologia do ChatGPT, estará concluída este mês, cumprindo com o que estava calendarizado.

Nuno Alfarrobinha/Correio da Manhã

Esta versão beta do modelo de inteligência artificial (IA) "tem capacidade para receber e interpretar instruções em formato de texto e responder com base no conhecimento adquirido, não possuindo ainda conhecimento especializado", refere um comunicado conjunto dos ministérios da Juventude e Modernização e da Educação, Ciência e Inovação.

Vai servir de base de treino e desenvolvimento para as versões seguintes - a base (disponível no terceiro trimestre de 2025) e a multimodal (segundo trimestre de 2026) -, sendo que agora a versão beta "estará disponível para os investigadores dos centros de investigação que fazem parte do consórcio".

A Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) são as entidades que estão a liderar a execução operacional do LLM português, sendo que após os 18 meses do projeto estas "assegurarão a infraestrutura e os mecanismos necessários para alojamento e disponibilização do Amália para toda a comunidade, que estará disponível em 'open source' [fonte aberta], de forma gratuita", lê-se no comunicado.

"O Governo reitera ainda que estas são as únicas entidades envolvidas no projeto de desenvolvimento do Amália, não havendo, assim, nenhum envolvimento de entidades privadas", acrescenta.

Recorde-se que o Governo nomeou, por despacho n.º 749/2025, de 16 de janeiro, um Comité de Acompanhamento Especializado, constituído por peritos em IA.

O comité é presidido por Arlindo Oliveira, presidente do INESC e professor catedrático no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa; Goreti Marreiros, presidente da Associação Portuguesa para Inteligência Artificial e professora coordenadora principal Instituto Superior de Engenharia do Porto; Daniela Braga, em representação do consórcio Accelerat.ai, agenda mobilizadora no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência; e Paulo Dimas, em representação do consórcio Center for Responsible AI, agenda mobilizadora no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

O projeto de desenvolvimento do Amália é uma iniciativa do Governo, liderada conjuntamente pela ministra da Juventude e Modernização e pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação e conta com um investimento de 5,5 milhões de euros financiados pelo PRR.

O treino e desenvolvimento do 'ChatGPT' português está a ser realizado por cinco instituições de ensino superior públicas.

A FCT celebrou um contrato com a Universidade Nova de Lisboa e com o Instituto Superior Técnico, bem como com a Universidade de Coimbra, Universidade do Porto e Universidade do Minho, conforme publicado no Portal Base, refere o comunicado.

O projeto é concretizado em articulação com centros de investigação nacionais, tais como o NOVA LINCS, o IT, o INESC-ID, o INESC-TEC, o CISUC e o ALGORITMI, envolvendo adicionalmente investigadores da Universidade da Beira Interior e da Universidade de Évora, adianta o Governo.

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