Secções
Entrar

Polícia proíbe jovens de entrar em templo de Jerusalém

21 de julho de 2017 às 09:53

A polícia israelita proibiu o acesso a um templo na Cidade Velha de Jerusalém a homens com menos de 50 anos, e destacou 3.000 agentes para o local sagrado onde são esperados protestos pela instalação de detectores de metal


A polícia israelita proibiu o acesso a um templo na Cidade Velha de Jerusalém a homens com menos de 50 anos, e destacou 3.000 agentes para o local sagrado onde são esperados protestos pela instalação de detectores de metal.

1 de 4
Foto: Amir Cohen/Reuters
Foto: Amir Cohen/Reuters
Foto: Abir Sultan/Reuters
Foto: Abir Sultan/EPA

Reforços policiais chegaram aos bairros árabes de Jerusalém na manhã de hoje, em particular à volta do Cidade Velha onde está localizado o templo, um local de culto conhecido pelos muçulmanos como Santuário Nobre e pelos judeus como Monte do Templo.

As medidas de segurança surgiram horas depois de o gabinete para a Segurança israelita ter decidido, numa sessão durante a noite, não revogar a decisão da polícia no início da semana de instalar detectores de metal no templo que é disputado por muçulmanos e judeus.

"A entrada na Cidade Velha e no Monte do Templo (Esplanada das Mesquitas para os muçulmanos) será reservada aos homens com 50 ou mais anos. As mulheres de todas as idades serão admitidas", disse a polícia em comunicado.

A ampla esplanada alberga a Mesquita de Al Aqsa e o santuário da Cúpula da Rocha e é considerada o terceiro lugar mais sagrado do Islão.

Para o judaísmo é o Monte do Templo, a cujos pés se encontra o Muro das Lamentações, num recinto separado, onde às sextas-feiras milhares de crentes se deslocam também para rezar com o início doshabat(sábado de descanso) ao entardecer.

Detectores de metal foram instalados nas entradas do local sagrado depois de homens armados palestinianos terem lançado um ataque no local na semana passada, causando a morte de dois polícias israelitas.

Na sequência deste ataque, Israel decretou na passada sexta-feira, dia de oração muçulmana, o encerramento da Esplanada das Mesquitas, tendo os fiéis muçulmanos passado a rezar nas imediações da cidade muralhada.

Líderes muçulmanos alegam que os detectores de metal são parte de uma tentativa por parte de Israel de expandir o controlo no local, no centro do conflito israelo-palestiniano.

Israel negou, no entanto, tais alegações, argumentando que os detectores são dispositivos de segurança de rotina.

Os líderes muçulmanos pediram aos fiéis que rezem nas ruas perto do santuário, em vez de passarem pelos detetores. Ao longo da semana, um número crescente de fiéis palestinianos participaram nas orações nas ruas, sobretudo à noite.

Após as orações, pequenos grupos de manifestantes palestinianos entraram em confronto com a polícia.

Na quinta-feira à noite, a polícia disparou balas de borracha, gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento para dispersar manifestantes que, segundo a polícia, atiravam pedras e garrafas.

Paramédicos do Crescente Vermelho disseram que 37 pessoas ficaram feridas por balas de borracha, três delas com gravidade.

A sexta-feira é o destaque da semana religiosa muçulmana, e dezenas de milhares de pessoas realizam normalmente orações no templo.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela