Secções
Entrar

Ministério da Saúde está a avaliar a construção do novo hospital do Oeste

Lusa 20 de maio de 2024 às 15:42

Todos os grupos parlamentares reclamaram a urgência da construção do novo hospital na região e questionaram o governo se mantém ou não as decisões do anterior.

O Ministério da Saúde esclareceu hoje à agência Lusa que está a avaliar o processo de construção do novo hospital do Oeste que herdou do anterior governo para tomar uma decisão, mas quer dar-lhe "toda a prioridade".

Sérgio Lemos / Correio da Manhã

"O Ministério está a avaliar o processo do novo hospital do Oeste e todas as peças processuais que lhe foram transmitidas do anterior governo", referiu a tutela em resposta à agência Lusa.

O Ministério da Saúde assegurou que "o Governo encara este projeto como muito relevante para toda a região e irá dar-lhe toda a prioridade que ele merece".

Na quinta-feira, todos os grupos parlamentares reclamaram a urgência da construção do novo hospital na região e questionaram o governo se mantém ou não as decisões do anterior, com PAN, BE e PS a irem mais longe ao defenderem que não deverá recuar e que deve dar seguimento ao que já foi efetuado.

Nessa sessão, projetos de resolução do PAN e do BE a recomendar que o Governo mantenha as anteriores decisões e avance com um plano de reestruturação para os atuais hospitais foram aprovados na generalidade e baixaram à comissão de saúde para serem apreciados na especialidade.

Um outro projeto de resolução do PCP a pedir a construção do novo hospital foi também aprovado.

O parlamento apreciou ainda duas petições, uma a defender a localização nas Caldas da Rainha e outra a exigir que seja reconhecida a validade do processo em curso.

A construção do novo hospital do Oeste é um dos equipamentos em fase de projeto na área da saúde que consta da 'Pasta de Transição' entregue pelo governo liderado por António Costa ao atual primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Segundo o documento, a que a Lusa teve acesso, o perfil assistencial e a localização foram aprovados em junho de 2023, "estando em estudo o modelo de financiamento", que foi entregue à consultora PricewaterhouseCoopers (PWC) em fevereiro deste ano.

O perfil assistencial aponta para um hospital com 467 camas, das quais 381 são para internamento geral, 74 gabinetes de consulta externa, 17 postos de diálise crónica, hospital de dia polivalente e as especialidades de pediatria, oncologia e saúde mental.

Está previsto um bloco operatório com 10 salas, das quais quatro vocacionadas para ambulatório e três para urgências e maternidade com nove quartos de partos e neonatologia com nove berços e seis incubadoras.

O novo hospital vai ter 16 especialidades médicas, das quais três não existem nos atuais hospitais da Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste - endocrinologia, nefrologia e reumatologia.

No que respeita a especialidades cirúrgicas, mantém as seis já existentes.

As quatro especialidades de Diagnóstico e Terapêutica já existentes deverão aumentar para cinco, com a inclusão de Anatomia Patológica.

O documento sugere ainda a criação de um centro tecnológico e biomédico de apoio ao ambulatório e ao internamento, com laboratórios de Patologia Clínica, Anatomia Patológica, Imuno-hemoterapia e Imagiologia.

Segundo o documento, o novo hospital deverá cingir a área de influência a Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval, Lourinhã e parte de Mafra, excluindo as freguesias dos concelhos de Alcobaça e Mafra, atualmente servidas, e o concelho da Nazaré.

O documento serviu de base à decisão de construir o futuro hospital no Bombarral, num terreno de 54 hectares, considerando a sua centralidade em relação aos concelhos que irá servir e a dimensão do terreno que permite a expansão da nova unidade, se tal vier a ser necessário no futuro.

A escolha do Bombarral foi sustentada em critérios de acessibilidade, como a proximidade à saída 11 da Autoestrada 8 (que atravessa todo o Oeste) e à estação do caminho-de-ferro.

O novo hospital deverá substituir as atuais unidades de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche da Unidade Local de Saúde do Oeste, que servem 300 mil habitantes dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela