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Mais de 600 portuguesas optaram por pagar para abortar em Espanha

05 de maio de 2022 às 09:05

As razões principais prendem-se com o facto de o procedimento no país vizinho ser autorizado até às 14 semanas de gestação.

Mais de 600 mulheres portuguesas atravessaram a fronteira para ir realizar abortos no país vizinho, em Espanha. Segundo avança o Jornal de Notícias, esta quinta-feira, as clínicas mais procuradas são as de Vigo e Badajoz.

O jornal diário contactou a Associação de Clínicas Acreditadas para a Interrupção Voluntária da Gravidez, que detém várias clínicas em Espanha, que avançaram que 637 portuguesas acorreram às clínicas de Badajoz, Huelva, Sevilha, Castrelos e Vigo.

As razões prendem-se maioritariamente com uma questão de prazos. Em Portugal a interrupção voluntária da gravidez pode ser feita até aos às 10 semanas de gestação, enquanto em Espanha, a lei prevê que as mulheres possam utilizar este procedimento médico até às 14 semanas.

Para além disto, o acesso a este procedimento em algumas zonas do país é ainda escasso e os métodos são diferentes, uma vez a lei portuguesa apenas permite métodos através de medicamentos enquanto no país vizinho é possível optar pela cirurgia.

Mas se a lei dos países diverge no que toca a prazos, também não é igual em relação aos custos. Em Portugal qualquer mulher pode recorrer ao Serviço Nacional de Saúde para efetuar o procedimento, já em Espanha o mesmo pode custar entre 350 a 500 euros - sem contar com as despesas de deslocação.

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