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IL diz que objetivo de PM foi "atirar para baixo do comboio" Lacerda e Escária

Lusa 12 de novembro de 2023 às 13:08

Na opinião do líder da IL, todos percebem que António Costa tinha que se demitir independentemente do parágrafo do comunicado do Ministério Público.

O líder da IL defendeu hoje que o país não pode estar entregue a António Costa mais cinco meses, acusando o primeiro-ministro de ter tentado "distrair as atenções" e "atirar para baixo do comboio" Lacerda Machado e Vítor Escária.

Na intervenção de abertura do Conselho Nacional da IL que decorre hoje em Lisboa, Rui Rocha dedicou boa parte da sua intervenção à atual crise política com duras críticas ao primeiro-ministro, António Costa, e à sua declaração ao país no sábado à noite.

O presidente liberal acusou António Costa de "usar a sua posição" de primeiro-ministro para fazer aquela declaração, o que demonstra que país não pode estar entregue "mais cinco meses" ao atual chefe do executivo.

Para Rui Rocha, "além de distrair atenções", o primeiro-ministro tinha outros objetivos, entre os quais "atirar para baixo do comboio" Lacerda Machado e Vitor Escária, numa tentativa de se desligar destes dois atores desta investigação.

"Havia um primeiro objetivo do primeiro-ministro e não era falar de investimento estrangeiro. Era - desculpem-se a expressão mas eu não encontro outra que descreva melhor - atirar para baixo do comboio Lacerda Machado e Escária", disse.

Na opinião do líder da IL, todos percebem que António Costa tinha que se demitir independentemente do parágrafo do comunicado do Ministério Público.

Segundo Rui Rocha, António Costa no sábado à noite "estava a falar para os investigadores, não era para os investidores", naquilo que considerou ser um "ato gravíssimo de interferência da investigação que está em curso e um desrespeito pela separação de poderes".

O primeiro-ministro afirmou no sábado à noite que o dinheiro encontrado em envelopes no escritório do seu ex-chefe de gabinete Vítor Escária lhe suscitou mágoa pela confiança traída, envergonhou-o e pediu desculpa aos portugueses.

Na mesma declaração, afirmou que um primeiro-ministro não tem amigos e frisou que o advogado Lacerda Machado nunca atuou com o seu mandato no projeto para a construção do Data Center de Sines.

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