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Economia dos EUA deve recuperar 20% no final do ano

26 de julho de 2020 às 17:19

A estimativa parte da Casa Branca. O Fundo Monetário Internacional estimou que, durante este período (abril-junho), o PIB dos EUA tenha contraído 37%.

O conselheiro económico da Casa Branca Larry Kudlow acredita que o crescimento económico dos Estados Unidos será de cerca de 20% nos terceiro e quarto trimestres, apesar da pandemia de covid-19.

"Não nego que alguns pontos quentes [da pandemia] estejam a moderar a recuperação (económica). Mas, no geral, o quadro é muito positivo e ainda acho que a recuperação será em V", disse Kudlow, referindo-se à crença numa forte retoma, após uma profunda queda dos números.

O Governo dos EUA deve publicar na próxima quinta-feira a sua primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) para o segundo semestre, marcado pela paralisação da economia no pico da crise sanitária do novo coronavírus.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que, durante este período (abril-junho), o PIB dos EUA tenha contraído 37%.

Larry Kudlow reconheceu que o ritmo da recuperação pode ser discutível, mas apontou para indicadores económicos que sinalizam a retoma nos EUA, citando, em particular, a forte subida no consumo interno, em maio e junho, bem como a forte recuperação no setor da indústria automobilística.

A Reserva Federal, o banco central dos EUA, tem sido cauteloso relativamente ao ritmo da recuperação para o segundo semestre do ano, estimando uma contração de 6,5% do PIB.

Os Estados Unidos entraram em recessão em fevereiro e, para mitigar o impacto do choque económico causado pela crise sanitária, o Congresso aprovou no final de março um plano de estímulo de cerca de dois biliões de euros.

O plano incluiu a distribuição de cheques aos americanos e cerca de 300 mil milhões de euros para um fundo dedicado a pequenas e médias empresas.

Um segundo plano de auxílio, de quase 500 mil milhões de euros, foi aprovado no final de abril, com o Governo a conceder ajudas para os desempregados no valor de cerca de 500 euros semanais.

Democratas e republicanos discutem há semanas sobre um novo plano de ajuda que permitirá prolongar esse subsídio de desemprego, contudo, hoje, numa entrevista televisiva, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, insistiu que a quantia dessa ajuda terá de ser menor.

"Não seria justo usar o dinheiro dos contribuintes para pagar mais às pessoas se ficarem em casa do que se estiverem a trabalhar", explicou Mnuchin.

Apesar das diferenças entre os dois partidos, Mnuchin disse estar otimista em relação a um segundo pacote de estímulo, acrescentando que os republicanos no Senado vão apresentar uma proposta na segunda-feira.

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