Atentados de Paris: Salah Abdeslam não respondeu aos juízes
Salah Abdeslam, alegado responsável pelos atentados de Paris de Novembro de 2015, recusou, pela terceira vez, responder às perguntas dos juízes
Salah Abdeslam, o único membro vivo dos comandos dos atentados de 13 de Novembro de 2015 em Paris, que causaram 130 mortos, recusou hoje pela terceira vez responder a questões de juízes franceses.
"Ele exerceu o seu direito ao silêncio", declarou o seu advogado Frank Berton, após o seu cliente de 26 anos ter comparecido num tribunal em Paris para um interrogatório de cerca de uma hora e meia por parte de juízes antiterroristas.
A procuradoria de Paris confirmou à agência France Presse que Salah Abdeslam se manteve em silêncio face às perguntas dos magistrados.
O advogado disse estar confiante de que Abdeslam irá eventualmente cooperar com os investigadores que procuram determinar o seu papel nos atentados.
O suspeito-chave daqueles atentados tem recusado responder a perguntas desde que foi transferido da Bélgica para França em Abril e estará irritado por ser vigiado ininterruptamente na sua cela em Fleury-Mérogis (sul de Paris).
Em Julho, o seu advogado tentou sem sucesso acabar com a vigilância, disse uma fonte próxima do processo à AFP.
Após andar fugido durante 18 meses, Abdeslam foi detido a 18 de Março em Molenbeek, um bairro de Bruxelas conhecido por ser um foco de extremismo islâmico e onde cresceu.
Foi transferido para França a 27 de Abril para responder a acusações de terrorismo. Os investigadores têm ainda de determinar o papel exacto de Abdeslam nos ataques coordenados em bares, restaurantes, na sala de espectáculos Bataclan e junto ao Estádio de França.
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