O alerta é de Ricardo Lobo, veterinário municipal e presidente da Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios, quando em todo o País já é proibido o abate de animais errantes para controlo da população.
Associação considera necessário investir em políticas de educação e sensibilização que possibilitem resolver casos como o de Santo Tirso, onde morreram mais de 70 animais em dois abrigos.
A sobrelotação dos canis tem feito aumentar o número de ataques de cães "selvagens".
No ano passado, as autoridades registaram uma média de quatro ataques por dia, totalizando 1.359, mais 170 do que em 2017.
Os autarcas acreditam que não estão reunidas ainda as condições para que os canis adoptem a prática do abate zero. Proposta vai ser enviada à Assembleia.
Veterinários alertam para o "pouco esforço que foi feito" de adaptação à nova realidade.
A partir do dia 23 de setembro, o abate de animais em centros de recolha está proibido.
A Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios garante ser impossível cumprir a lei que proíbe o abate de animais e, ao mesmo tempo, a obrigatoriedade de recolha dos mesmos.
A Associação Nacional de Veterinários Municipais salienta que a aplicação imediata da lei que proíbe o abate de animais pode levar ao regresso da doença.
A lei que proíbe o abate de animais nos canis foi aprovada em 2016, mas o Governo deu dois anos aos centros de recolha de animais para se prepararem. Poucos foram os que se precaveram.
