
Incêndios: Detidas 36 pessoas em flagrante delito este ano
A GNR avança ainda que este ano foram sinalizadas, em todo país, 10.417 situações de falta de limpeza de terrenos.
A GNR avança ainda que este ano foram sinalizadas, em todo país, 10.417 situações de falta de limpeza de terrenos.
O adjunto de operações nacional disse que hoje de madrugada houve o primeiro reforço de meios, passando do nível de prontidão normal para o 'nível um'.
Procura por limpeza de terrenos cresce, mas interior sofre com falta de mão de obra
As queixas aumentaram 34,5% entre o primeiro e o segundo quadrimestre deste ano, e havia 991 freguesias prioritárias para a limpeza.
A GNR sinalizou mais de dez mil situações de falta de limpeza dos terrenos, nos cinco primeiros meses do ano.
Trabalhos teriam de estar concluídos até 30 de abril, mas devido à chuva e à falta de mão-de-obra, a gestão de combustíveis teve que ser adiada.
A GNR revelou que já identificou, no âmbito da Operação Floresta Segura, 13.949 situações de possibilidade de incumprimento da limpeza dos terrenos em zonas de risco de incêndio e já passou 16 autos de contraordenação por queimas e 58 por queimadas.
Limpar os terrenos perto de casas, aldeias ou estradas não é suficiente. Emanuel Oliveira, do Observatório Técnico Independente, alerta para a falta de limpeza de áreas que arderam há quatro anos: "Se em 2017 os incêndios tiveram um comportamento de elevada intensidade, nos próximos anos poderemos ter incêndios muito mais catastróficos neste território".
A gestão dos combustíveis "é um penso rápido" face ao problema dos fogos, abandono e falta de ordenamento, afirma Miguel Almeida.
Empresas florestais avisam que "há menos procura" por parte dos proprietários, devido à falta de capacidade financeira para pagar trabalhos de limpeza.
Há um deputado municipal taxista cuja empresa da mulher presta serviços à Câmara, outro eletricista que andou nos tribunais a reclamar dívidas à autarquia, um presidente que esteve numa cooperativa que prestou serviços ao concelho e um chefe de divisão em substituição desde 2015.
Ministro do Ambiente anunciou que a proposta, que "vai estar em cima da mesa no próximo CM [Conselho de Ministros]"é a de transferir a data de 15 de março para 15 de maio como limite para a limpeza de terrenos.
Este ano houve menos procura dos proprietários por estes trabalhos, temendo-se, por isso, "grandes catástrofes".
Governo alargou o prazo para respeitar as regras de gestão de combustível até 30 de junho, mas GNR já emitiu mais de dois mil autos por falta de limpeza. Multas podem variar entre os 1.600 e os 120 mil euros.
Enquanto associação representante das empresas do setor florestal, a ANEFA afirmou que "tudo fará" para impedir a concretização do protocolo entre o ICNF e a AICCOPN.
Proprietários, em caso de incumprimento, ficam sujeitos a contraordenações, com coimas entre 280 e 120 mil euros.