Professores da Nova FCT receberam milhares ilegalmente
Entre os docentes estão a ex-ministra Elvira Fortunato e o seu marido. Auditoria da IGEC aponta para violação do regime de exclusividade.
Entre os docentes estão a ex-ministra Elvira Fortunato e o seu marido. Auditoria da IGEC aponta para violação do regime de exclusividade.
O reitor da Universidade do Porto denunciou ter recebido pressões de várias pessoas "influentes", sem querer adiantar nomes, para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no curso especial de acesso para licenciados noutras áreas.
O caso terá chegado ao ministro da Educação, que ligou ao reitor a manifestar disponibilidade para que se criassem vagas extraordinárias de modo a que estes alunos (que não tinham a classificação mínima na prova exigida no concurso especial de acesso para licenciados noutras áreas) tivessem lugar na Faculdade de Medicina.
Das escolas inspecionadas, 10 eram privadas e as restantes 15 eram públicas.
"Havia critérios que não estavam bem delineados", explicou o inspetor-geral da Educação e Ciência.
O ministério de Elvira Fortunato garantiu ainda que "caso se verifique a receção de qualquer denúncia ou denúncias, as mesmas serão de imediato remetidas à Inspeção-Geral da Educação e Ciência para imediata averiguação".
Além de passarem a ser uma presença mais regular nas escolas, os inspetores de educação instauraram "12 processos disciplinares" relacionados com a avaliação interna dos alunos.
Estatuto permite aos docentes, em caso de doença - sua ou de um familiar próximo - aproximarem-se da área de residência ou do hospital onde são seguidos. Mas sindicato confirma que existem professores que o fazem só para estar mais próximo de casa ou poder escolher a escola onde querem estar e alertam para uma "classe desgastada".
O docente da Póvoa de Varzim que terá aconselhado aos alunos vídeos em cuecas, nu e no bidé teve outros quatro processos disciplinares desde 2001. Num deles deverá cumprir mais de 100 dias de suspensão, caso a pena se confirme.
"Vamos proceder à revisão e ao reforço do quadro sancionatório no sentido de preservar e garantir cada vez mais este princípio de igualdade", garantiu o ministro da Educação.
Ministério da Educação suspendeu de funções a diretora pedagógica e ordenou o encerramento do colégio.
Foi determinada a aplicação de sanção de encerramento do estabelecimento de ensino por um ano letivo, que fica suspensa pelo período de dois anos.
Os inspetores de educação instauraram desde o ano letivo de 2019/20 66 processos disciplinares e passaram a ser uma presença regular nas escolas onde normalmente são identificados estes problemas.
Um em cada quatro dos docentes que responderam ao inquérito diz continuar a ir diariamente para as escolas dar aulas.
Vinte escolas inflacionaram as notas dos alunos do secundário em 2018/2019, um aumento de duas em relação ao ano letivo anterior. Prática continua a ser mais habitual entre os privados: dos 20 estabelecimentos de ensino, 15 são particulares.
A ação abrange 76 estabelecimentos de ensino públicos e 24 privados e pretende ter um efeito "regulador e dissuasor".