
Número de pessoas sem abrigo em Portugal continental aumentou para mais de 13 mil em 2023
Isto significa um aumento de 2.300 casos em relação ao ano anterior, segundo os dados mais recentes.
Isto significa um aumento de 2.300 casos em relação ao ano anterior, segundo os dados mais recentes.
Especialista em matéria de combate à pobreza elogia a ação de Carlos Moedas, mas lembra que o importante é pensar em processos de integração que passem por requalificar pessoas e integrá-las no mercado de trabalho.
"Eu acho que vai sempre haver pobreza, tem vindo sempre a haver pobreza e a pobreza traduz-se em várias situações. Se os sem-abrigo em Lisboa, aqui há uns anos, não eram um problema é porque nós estávamos a conseguir e o contexto nacional e internacional económico conseguia resolver e ajudar essa situação", defendeu a presidente da CAIS.
Associações alertam que cada vez mais pessoas integradas socialmente são empurradas para a exclusão.
A participação do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa na reunião surge a convite do primeiro-ministro.
Destas, 5.975 viviam na condição de sem-teto, ou seja, a viver na rua, num abrigo de emergência ou noutro local precário, enquanto as restantes 4.798 não tinham casa e viviam num alojamento temporário.
Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo assinou mais seis protocolos com IPSS que permitirão alojar mais pessoas. O objetivo é chegar às 1.100 vagas.
Sem-abrigo, foi expulso do quarto onde vivia por dever dinheiro e diz ser alvo de ameaças.
A tutela anunciou que a plataforma eletrónica para identificação de pessoas em situação de sem-abrigo estaria a funcionar em julho, mas a questão da proteção de dados ainda não está resolvida.
Pergunta dos Censos só permite identificar pessoas sem teto, excluindo quem vive em abrigos temporários. Deputados do Bloco de Esquerda consideram ser feito um retrato "distorcido" da população.
Em dezembro, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução para que os estados-membros da União Europeia tenham estratégias nacionais e medidas concretas para combater o fenómeno das pessoas sem-abrigo, tendo também instado a Comissão Europeia a criar apoios para erradicar o problema.
Durante o próximo ano o Instituto de Segurança Social vai celebrar uma série de protocolos para financiar "projetos inovadores" que criem respostas sociais de 'Housing First' e apartamentos partilhados para 600 pessoas.
Os projetos entram em fase de execução nos municípios de Oeiras, Almada, Sintra, Amadora, Montijo, Cascais e Barreiro, "até ao fim do corrente mês de julho".
As pessoas em situação de sem-abrigo alojadas no âmbito do novo programa poderão permanecer nestas habitações entre "seis meses a um ano".
A comunidade de pessoas sem-abrigo não regista casos de infeção por novo coronavírus.
No território de Portugal continental havia em 2018 cerca de 3.400 pessoas sem teto ou sem casa.