O júri destacou "o perfil do intelectual, do humanista e do poeta que marca inequivocamente a cultura portuguesa contemporânea".
Apesar de ter passado grande parte da sua vida em Vence, a partir de 1965, o filósofo permaneceu fiel à língua materna.
Com a morte de Eduardo Lourenço, ocorrida hoje, aos 97 anos, Portugal perdeu o seu último maître à penser. Não tratamos de avaliar a qualidade do que fica, apenas a peculiar singularidade de um pensamento.
O ensaísta morreu esta terça-feira aos 97 anos.
O ensaísta, Prémio Camões e Prémio Pessoa, morreu esta terça-feira aos 97 anos. Deixou uma vasta obra de "grande originalidade", e a imagem do homem que permitia "a única reflexão inteligente sobre a política nacional".
O ensaísta Eduardo Lourenço, de 97 anos, morreu esta terça-feira em Lisboa.
O ensaísta, de 97 anos, morreu esta terça-feira em Lisboa.
Conselheiro de Estado, professor, filósofo, escritor, crítico literário e ensaísta Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa
Numa edição de homenagem ao filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço, a programação comissariada por Nuno Artur Silva traz aos Jardins do Palácio de Cristal conversas, oficinas, spoken word, exposições, espectáculos e sessões de cinema. Saiba o que ainda pode ver até domingo, 22 de Setembro
Numa homenagem no Palácio Foz, ensaísta recebeu a primeira edição de um prémio com o seu nome lançado pela Livraria Lello, uma escultura da autoria do arquiteto Siza Vieira.
Convencidos de que estes livros falam deles, que os explicam em aspectos do seu temperamento e comportamento que eles próprios não conseguem explicar, os leitores adquirem as obras de Eduardo Lourenço com a percepção antecipada de um prazer, com o mesmo gozo do criminoso que vai ler notícia do seu próprio crime
O pensamento de Lourenço organiza-se em torno de duas ideias. A primeira não é verdadeira e a segunda não é original. O mestre de Vence tornou-se numa espécie de porta-voz do status quo e num senador das letras, investido das funções cardinalícias de administrador não executivo da Gulbenkian
"Uma parte desses senhores que subscrevem esse documento têm as suas razões (...)mas fomos os mais pacíficos, dos povos do sul da Europa", considera o pensador.
Num período de profundas reflexões sobre o que poderá ser o novo espaço europeu, três Prémios Pessoa debateram o passado, o presente e o futuro de uma Europa que se quer cada vez mais multicultural e multiplural.
Eduardo Lourenço e António Lobo Antunes vão sentar-se a uma mesa no sábado, para encerrar o Festival Internacional de Cultura de Cascais
"É sempre enriquecedor acompanhar o pensamento ágil de Eduardo Lourenço", escreve o crítico Eduardo Pitta, a propósito deste novo volume de ensaios
