Portugal e o mundo estão a precisar urgentemente de uma limpeza ética
Onde está a vitoriosa luta persistente de décadas de Portugal e dos portugueses pelo reconhecimento da independência, de facto e de direito, de Timor-Leste?
Onde está a vitoriosa luta persistente de décadas de Portugal e dos portugueses pelo reconhecimento da independência, de facto e de direito, de Timor-Leste?
Vamos ver quais serão os efeitos desta nova "onda" de tecnocracia igualmente auto-proclamada, como o foi no passado, não ideológica. Confesso que não estou descansado – bem pelo contrário.
Embora seja agora perfeitamente evidente que não há conquistas civilizacionais (sociais e políticas) irreversíveis, há que não entrar em desesperos e desânimos.
Da mesma maneira que a publicação de "índices de percepção" acerca da corrupção não fazem qualquer mossa no desenvolvimento dessa nociva actividade económico-social, a propaganda sobre a "insegurança" de nada serve no que respeita ao combate à criminalidade.
Será que os defensores dos direitos humanos, da Democracia e do Estado de Direito, não sabem mesmo o que deve/tem de ser feito para que a Ordem que deve/tem de imperar em Portugal seja de cariz democrático e humanista em vez de securitária, autoritária, intolerante e anti-democrática?
Segundo um relatório da OCDE, apenas 50% dos portugueses diziam confiar nos tribunais e no sistema judicial.
Apesar de muitas vezes me ter sentido e continuar a sentir-me "a voz que clama no deserto", não sigo o caminho daquele que nós ocidentais chamamos São João Baptista.
Estes novos tempos e o enormíssimo desenvolvimento da tecnologia ocorrido deste essa época histórica, é que permitem, hoje em dia, uma sofisticação nunca antes atingida dos meios de manipulação das mentalidades.
O que tem vindo a acontecer na dita "CPI ao caso das gémeas" é apenas um exemplo de como actualmente a decência e a vergonha valem muito pouco em termos sociais e políticos.
O que, muito sinceramente, me entristece especialmente por o Professor Marcelo Rebelo de Sousa ter, em bastantes ocasiões, afirmado a sua condição de católico.
Tenho por hábito, profundamente arreigado, cumprir as promessas que faço - e, porque sei que isso não é fácil, faço muito poucas - e também desta vez tal irá acontecer.
Infelizmente, a petição pública, lançada pela Associação Portuguesa de Fertilidade, que visa impedir a consumação da destruição de embriões criopreservados, não colheu até este momento um número suficiente de assinaturas para tornar obrigatória a produção de legislação que altere o que se encontra previsto naquele já referido artigo 3º da Lei n.º 48/2019, de 8 de julho.
A partir de agosto, Portugal vai começar a destruir embriões e gâmetas doados anonimamente. Só numa clínica de fertilidade, serão afetados cerca de 21 casais.
Como aceitar a destruição dessas potencialidades de vida humana quando são tantos os entraves colocados à aplicação das técnicas de PMA e quando a infertilidade é uma doença que, cada vez mais, afecta os seres humanos?
Joana Freire tem 37 anos e faz parte de uma de várias famílias portuguesas que quer ter filhos biológicos com este tipo de procriação medicamente assistida. Mas a regulamentação tarda e antes de eleições, partidos não têm prestado atenção ao tema.
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