
Portugal na linha da frente da erradicação do cancro do colo do útero
É o segundo tumor maligno mais frequente nas mulheres portuguesas, com 500 novos casos todos os anos. Mas a vacinação e o rastreio podem levar à eliminação da doença em 15 anos.
É o segundo tumor maligno mais frequente nas mulheres portuguesas, com 500 novos casos todos os anos. Mas a vacinação e o rastreio podem levar à eliminação da doença em 15 anos.
"Prevê-se que esta alteração possa ser feita ainda neste ano, estando disponível no próximo ciclo de rastreios", anunciou Margarida Balseiro Lopes.
Estima-se que um em cada três homens estão infetados com o vírus do papiloma humano (HPV), transmissível por via sexual e que provoca cancro do colo do útero nas mulheres. Especialistas alertam para a necessidade da vacinação, até porque o uso de preservativo não é solução.
Além da sensibilização para a procura de cuidados de saúde, o projeto Saúde no Bairro promove a realização de rastreios do cancro do colo do útero, diabetes, visão, saúde oral e ainda de hepatites e doenças sexualmente transmissíveis.
O estudo da Cancer Research UK confirma que a vacina contra o HPV ajudou a prevenir 90% dos casos do cancro do colo do útero.
António Lacerda Sales assegurou que o Governo está "a acelerar e a fazer a reprogramação" de rastreios do cancro da mama, do cancro do colo do útero e do cancro colorretal em todas as regiões do país.
O Reino Unido acredita que está prestes a erradicar esta doença através do programa de vacinação e de um programa público de rastreio ao HPV.
Portugal é o país da Europa Ocidental com a taxa de incidência mais elevada de cancro do colo do útero. Todos os anos são diagnosticados cerca de mil novos casos.
"O uso do teste aumentou em cerca de 10% em comparação com os dados obtidos no Inquérito Nacional de Saúde 2005/2006", frisa o ISPUP.
O HPV pode provocar cancro do colo do útero, no caso das mulheres, sendo que nos homens pode provocar lesões como verrugas, ou mesmo cancro do pénis ou do ânus.
Mais de 90% das portuguesas até aos 27 anos estão vacinadas contra o vírus do papiloma humano, o principal responsável pelo cancro do colo do útero.
Segundo um estudo científico publicado esta quarta-feira, este tipo de cancro poderá ser eliminado dentro de 20 anos se as vacinações e os programas de rastreio oncológico forem cumpridos.
Mãe diz que as enfermeiras distrairam-se com o cabelo do menino.
Praticam mais sexo desprotegido e não fazem rastreio ao cancro do colo do útero.
Segundo relatório da DGS, a situação é “particularmente crítica no caso dos rastreios do cancro do colo do útero e do cancro do cólon e recto”
A Associação para o Planeamento Familiar (APF) condena o fim da comparticipação da pílula e da vacina contra o vírus do cancro do colo do útero, e receia que a medida aumente o recurso ao aborto.