
Câmara de Loures vai demolir mais quatro construções precárias no bairro do Talude
Moradores terão 48h para desocupar as construções.
Moradores terão 48h para desocupar as construções.
"Esta nova edificação constitui uma reiterada desobediência, uma vez que este núcleo familiar já tinha procedido a uma outra construção precária e ilegal no Bairro do Talude, que foi demolida pelo município em 14 de julho, antes da notificação do decretamento provisório da providência cautelar", afirmou a autarquia.
"Ninguém ficou para trás. Só aqueles que quiseram ficar, efetivamente", declarou a vereadora com o pelouro da Habitação, durante uma reunião do executivo municipal.
Para o movimento Vida Justa, ao tentar "colar um movimento social à criminalidade" Rodrigo Leão "está a usar uma estratégia perigosa: desacreditar e reprimir a organização popular, como se fosse crime participar na vida política e reivindicar direitos".
Mãe solteira viu os seus móveis espalhados na rua e ficou até ao último momento antes de a sua barraca ser demolida. Os serviços sociais arranjaram-lhe um quarto. Tem uma filha de 3 anos e ainda não conseguiu voltar ao trabalho.
"Estão a comercializar barracas a dois mil e três mil euros cada cinco metros quadrados, com garantia de luz e água", disse Ricardo Leão.
Loures iniciou na segunda-feira uma operação de demolição de 64 casas, onde vivem 161 pessoas, no Talude Militar, tendo sido demolidas no primeiro dias 51 construções. No segundo dia, chegaram a ir abaixo outras quatro, antes da suspensão das operações por despacho do Tribunal Administrativo de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.
Placas foram instaladas entre os destroços do Bairro do Talude e em frente à Câmara Municipal de Loures.
Na carta aberta, o Vida Justa destaca que "do Governo não se escuta uma palavra, apesar de existirem ministros e secretários de Estado com competências" em matéria de habitação.
A Câmara de Loures iniciou na segunda-feira uma operação de demolição de 64 habitações precárias no Talude Militar, onde vivem 161 pessoas, entre as quais crianças e idosos.
O chefe de Estado sublinhou ainda que é necessário saber quem são as pessoas afetadas, se trabalham, se descontam ou há quanto tempo estão nas casas precárias.
A Câmara de Loures iniciou na segunda-feira uma operação de demolição de 64 habitações precárias no Talude Militar, onde vivem 161 pessoas, entre as quais crianças e idosos.
O tribunal aceitou "provisoriamente a providência cautelar de suspensão da eficácia de ato administrativo" -- ou seja, de demolições de habitações -- interposta por uma advogada, em representação de 14 moradores do bairro, no distrito de Lisboa.
Dois irmãos sem teto no Talude, um festival a começar e a Operação Marquês que vai de férias.
A história de dois irmãos que perderam a construção de chapa e madeira, como tantos outros vizinhos. Passaram a 2.ª feira (14 de julho) a cruzarem-se com agentes da Polícia Municipal e da PSP, num mar de entulho em Loures. As operações de demolição das barracas prosseguem nesta 3.ª feira (dia 15).
Dezenas de moradores do Bairro do Talude Militar, em Loures, estão, esta segunda-feira de manhã, a tentar impedir demolições de casas, ordenada pela Câmara Municipal de Loures.