Género mais procurado foi a literatura infantojuvenil.
A liberdade "tem novos inimigos", disse o Presidente da Repúlica em visita à Feira do Livro. Quem são? "Os que querem, à esquerda e à direita, cancelar, reescrever, quando não destruir os livros."
Responsáveis por editoras independentes e representantes de grupos editoriais com várias chancelas dizem estar otimistas quanto a esta edição da Feira do Livro, a 95.ª.
Uma das grandes novidades deste ano é o projeto sustentável "Vamos plantar livros", em parceria com a The Navigator Company, que associa a venda de livros à plantação de árvores, sendo que, por cada 100 livros vendidos, será plantada uma árvore, estimando-se um total de cerca de 8.000 novas árvores a serem plantadas em Portugal.
Este ano, a Feira do Livro (4 a 22 de junho) terá mais de 3.000 eventos, de sessões de autógrafos a debates, apresentações de livros e concertos.
O Governo tinha aprovado quase 45 mil cheques-livro no valor de €20 para jovens, mas a adesão foi pouca: 20%. Por isso, o Governo prorrogou o prazo.
Da edição à comercialização, há novas propostas literárias a dar alento a uma comunidade de leitores atenta a narrativas diversas e consumos sustentáveis. Fomos conhecer alguns desses projetos.
O serviço de leitura e empréstimo digital de livros já gerou, desde janeiro, o empréstimo de perto de 22 mil livros, adiantou a ministra da Cultura.
"Em Portugal ainda se lê pouco e eu diria que este é o raciocínio base a partir do qual nós temos que continuar a trabalhar", afirma Miguel Pauseiro
No valor de 15 mil euros cada, as bolsas destinam-se à escrita de "poesia, ficção narrativa, ensaio, dramaturgia e escrita teatral".
Uma nova geração, entre os 15 e os 24 anos, está a ler mais, cativada por um tipo de livro específico, dirigido a jovens de hoje. Falámos com editoras portuguesas para perceber que mundo é este.
Um romance exige tempo e dinheiro, e escrevê-lo nas horas vagas implicará criar com contundência menor. Menos tempo é menos atenção ao detalhe, menor rigor, menos força; é menos capacidade de concatenar elementos e engrandecer o alcance.
Num comunicado enviado à SÁBADO o grupo editorial lamentou esta perda "com danos inultrapassáveis".
Segundo dados da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, este ano, a feira do livro alcançou mais de um milhão de visitantes e vendas superiores às do ano anterior.
Segundo os destaques da APEL, houve uma ligeira subida na percentagem de portugueses que compraram livros em 2023, passando de 62% para 65%.
