
Bolsonaro é hoje ouvido em tribunal sobre tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro tentava a reeleição e não aceitou a derrota nas urnas.
Bolsonaro tentava a reeleição e não aceitou a derrota nas urnas.
Bolsonaro e os outros sete réus serão julgados por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património, crimes cujas penas somadas podem chegar a mais de 20 anos de prisão.
"O Presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam", disse a defesa.
Zico Bacana encontrava-se numa loja quando os atiradores chegaram num veiculo, até agora não identificado, que balearam três pessoas, entre elas o ex-vereador do Rio de Janeiro, de 53 anos.
O prazo foi fixado numa decisão do juiz do tribunal eleitoral Benedito Gonçalves, na segunda-feira, que ordenou a inclusão do documento numa investigação contra Bolsonaro por alegado abuso de poder durante a campanha para as eleições presidenciais de outubro.
Imprensa brasileira destaca que direção desses meios de comunicação estava nas mãos de funcionários indicados pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro.
Anderson Torres foi detido no aeroporto de Brasília na sequência de investigações às invasões do Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio Presidencial.
Anderson Torres tinha em casa um documento que permitia declarar "estado de defesa" de emergência para o Tribunal Superior Eleitoral, abrindo a porta à mudança do resultado das presidenciais de outubro, ganhas por Lula da Silva, por uma margem curta.
Na descrição da "Festa da Selma" os organizadores avisavam que o evento ia ser violento e com confrontos com a polícia.
O procurador-geral adjunto do Ministério Público pediu também que a sanção fosse estendida ao governador suspenso de Brasília, Ibaneis Rocha, e ao seu antigo secretário de segurança, Anderson Torres, um leal aliado e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro.
O secretário de Segurança Pública e o governador do Distrito Federal de Brasília foram acusados de não tomar medidas para minimizar os efeitos dos protestos. Invasão era planeada desde 3 de janeiro e até prometia alimentação paga.
Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto foram invadidos por manifestantes pró-Bolsonaro. Segurança foi retomada em todos os locais.
Primeiras declarações de Jair Bolsonaro após perder as eleições são esperadas esta terça-feira. Camionistas bloquearam várias estradas no país.
O ministro da Justiça do Brasil apresentou a demissão a Jair Bolsonaro devido a um conflito sobre a escolha do diretor da Polícia Federal.