
Guarda prisional agredido por recluso. Sindicatos dizem que tem sido regular
O guarda precisou de levar pontos no sobrolho e ficou com o nariz partido, tendo de ser assistido no hospital. Sindicato responsabiliza escassez de pessoal.
O guarda precisou de levar pontos no sobrolho e ficou com o nariz partido, tendo de ser assistido no hospital. Sindicato responsabiliza escassez de pessoal.
O sindicato refuta alegadas declarações da ministra da Justiça no sentido de que "a culpa das infeções nas prisões é dos funcionários", contrapondo que aqueles que a governante "nomeou para diretores" é que seriam culpados, "porque não cumprem as regras com rigor, não criam regras próprias para as prisões que dirigem, entre outras irresponsabilidades".
O afilhado de Maria ligou-lhe no início da semana, alterado e a chorar. Tinha sido agredido numa pequena prisão do Norte, pela segunda vez. Dizia estar "pisado" nos braços, na cara, e temia ter fracturado as costelas. Sindicatos, associações e Direcção Geral dos Serviços Prisionais manifestam preocupação.
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional marcou uma greve para 15 e 16 de julho para alertar novamente para os problemas da classe e o que considera a inatividade da ministra da Justiça e dos serviços prisionais.
Organismo exemplificou com um recluso que regressou de precária sem ser testado e que quatro dias depois começou a apresentar sintomas. Durante o período de quarentena, diz o sindicato, esteve em contacto com outros reclusos e guardas prisionais pelo menos no recreio a céu aberto.
Uma das 350 reclusas do Estabelecimento Prisional Feminino de Santa Cruz do Bispo foi isolada "por precaução" e submetida a testes que "acusaram negativo".
Sindicato afirma que guardas não estão autorizados "a andar de máscara no interior das prisões para não criar alarme social junto dos reclusos".
Sindicatos dos guardas prisionais vão propor que sejam distribuídas máscaras nas prisões e suspensas as visitas íntimas aos reclusos para fazer face ao surto do novo coronavírus.
Protesto durará quatro dias. É a quinta paralisação organizada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.
Protesto convocado pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional vai começar às 16h00 desta sexta-feira. Esta vai ser a quarta paralisação dos guardas desde setembro.
DGRSP defende que greve não cumpriu a "antecedência mínima de 10 dias úteis exigidos (...) pela Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas".
Presidente do sindicato disse que o diretor dos Serviços Prisionais não negociou os serviços mínimos e enviou um despacho para as cadeias a comunicar que a greve é ilegal.
Sindicato afirma que Ministério da Justiça "não resolveu os principais problemas" do setor, como a avaliação e o congelamento da carreira.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, a greve vai inviabilizar uma das duas visitas semanais dos familiares dos detidos.
SNCGP garante que os reclusos vão continuar a conseguir introduzir telemóveis nos estabelecimentos prisionais.
Foram apreendidos 1.934 telemóveis nas prisões portuguesas. Os números de apreensões decresceram, mas responsáveis dizem que há cada vez mais aparelhos nas cadeias.