Rodrigo nasceu em 07 de outubro de 2019 no Hospital de São Bernardo, do Centro Hospitalar de Setúbal, com várias malformações graves, como falta de olhos, nariz e parte do crânio, sem que o médico Artur Carvalho, que realizou as ecografias de acompanhamento da gravidez, tivesse detetado ou sinalizado aos pais qualquer problema.
Ordem dos Médicos defendeu que 10 das malformações de Rodrigo podiam ter sido detetadas nas ecografias feitas à mãe. Porém, o Ministério Público arquivou processo sem sequer ouvir o médico. A SÁBADO revela todos os pormenores da investigação.
Procuradora considerou que a malformação do feto "não resultou de erro, omissão ou negligência do médico", embora tenha reconhecido que o obstetra "violou regras e normas a que estava vinculado".
Artur Carvalho, envolvido no caso do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal aposentou-se no dia 1 de julho. Médico tinha 14 queixas em averiguação na Ordem dos Médicos em dezembro.
Suspensão cautelar, de seis meses, do médico Artur Carvalho terminou no passado dia 26 de abril. Desde então, não lhe foi aplicada pela Ordem dos Médicos qualquer outra sanção.
Presidente disse que "não havia número de reclamações que justificasse intervenção" na clínica em Setúbal e remete responsabilidades para a Ordem dos Médicos.
A Entidade Reguladora da Saúde abriu um inquérito ao acesso a ecografias obstétricas em Lisboa, na sequência do inquérito da ARSLVT sobre o bebé que nasceu com malformações graves.
Três crianças acompanhadas por este médico nasceram com malformações que deveriam ter sido detetadas nas ecografias. Um dos casos encontra-se no tribunal cível.
Inquérito realizado pela Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo concluiu que "há fortes indícios" de utilização irregular das requisições de exames ecográficos pela clínica Ecosado.
Falta de lei do ato médico, existente em outros países, permite que Artur Carvalho possa vir a realizar os exames mesmo que acabe por ser expulso da Ordem dos Médicos.
O bastonário da Ordem dos Médicos indicou que há no caso da clínica Ecosado "matéria que é complicada e que merece intervenção do Ministério Público".
As preocupações dos pais prendiam-se com o facto de as grávidas estarem a realizar as ecografias naquela clínica em Setúbal, onde o médico Artur Carvalho realizou ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves.
Bastonário esteve em reunião onde foi debatido o caso da clínica Ecosado, na qual foram feitas as ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal.
Ordem quer que se averigue clínica que realizou ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves e que afinal não tinha convenção com o Estado.
Clínica que seguiu a mãe do "bebé sem rosto" não tinha convenção com o Estado apesar de realizar exames de pessoas encaminhadas pelos serviços públicos.. O conselho disciplinar da Ordem dos Médicos, que tem autonomia em relação ao bastonário, tem sete processos pendentes relativos ao obstetra Artur Carvalho, alguns desde 2013.
Administração Regional de Saúde diz que clínica Ecosado não tinha nem tem qualquer convenção com a Administração Regional de Saúde ou com o SNS mas que aceitava credenciais de exames de utentes encaminhados pelos serviços públicos.
