Ramos-Horta e Timor: "Sampaio desde cedo se preocupou"
Em declarações à Radio France Internacionale, o timorense José Ramos-Horta elogiou o contributo de Jorge Sampaio durante o turbulento processo de independência de Timor. "Estive com ele inúmeras vezes. Nos anos mais difíceis de Timor Leste, nos anos mais esquecidos, em que Timor Leste não era matéria de primeira página nem em Portugal, quanto mais no resto do Mundo, Jorge Sampaio desde cedo, pela sua alma, pela sua personalidade de humanista, sempre se preocupou e se solidarizou com Timor Leste", recordou José Ramos-Horta à RFI. Entre os muitos momentos que partilharam, Ramos-Horta lembrou que quando foi agraciado com o Prémio Nobel, em conjunto com D. Ximenes Belo, Jorge Sampaio foi entrevistado pela CNN num momento que chamou a atenção do Mundo para o que se passava em Timor Leste.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reagiu pela voz do seu presidente executivo, Zacarias da Costa. Para a CPLP, Jorge Sampaio "foi um incondicional militante das causas dos povos e dos valores" do espaço lusófono. Sampaio - que foi embaixador da Boa Vontade da CPLP e recebeu um prémio da mesma organização - "foi um incondicional militante das causas dos povos" representados na CPLP, tendo "elevado mérito para a projeção da Língua Portuguesa".
Os presidentes de Angola, São Tomé, Guiné-Bissau e Cabo Verde reagiram à morte do ex-chefe de Estado português. O mesmo aconteceu com figuras de destaque de Timor, país cujo turbulento processo de independência foi acompanhado de perto pelo então Presidente Sampaio.