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Socialista garante que nenhum posto de saúde encerrará

07 de agosto de 2017 às 17:46

O deputado socialista António Sales assegurou que nenhum centro de saúde ou extensão do Agrupamento dos Centros de Saúde Pinhal Litoral vai encerrar portas

O deputado socialista António Sales, eleito pelo círculo de Leiria, assegurou hoje que nenhum centro de saúde ou extensão pertencente ao Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) Pinhal Litoral vai encerrar portas.

Após uma visita às obras de requalificação do centro de saúde de Regueira de Pontes e de construção do centro de saúde de Monte Real e Carvide, no concelho de Leiria, António Sales garantiu que "nenhuma extensão das actuais que estão abertas se prevê vir a encerrar".

O deputado admitiu, contudo, que "neste período de férias" possa haver "dificuldades de mapa de pessoal", registando-se, por isso, "transitoriamente", o "encerramento de uma ou outra extensão por estas dificuldades".

O director executivo do ACES Pinhal Litoral (que abrange os concelhos de Leiria, Batalha, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós), Pedro Sigalho, reforçou que "a curto e médio prazo não se pensa em fechar qualquer pólo de saúde", explicando que "com as ainda carências existentes, muitas vezes, é preciso alocar profissionais de um local para o outro e, pontualmente, poder-se-ão fechar, nesta altura de férias, os pólos para quem a deslocação dos profissionais causa menos incómodo".

António Sales salientou ainda que nos últimos dois anos, "a nível nacional, as condições de acesso ao Serviço Nacional de Saúde melhoraram".

"Em 2015, tínhamos 1,3 milhões de pessoas pessoas sem médico de família. Hoje temos 800 mil, existindo um compromisso de, até ao final da legislatura, haver total cobertura."

Segundo o deputado socialista, ao nível do concelho de Leiria e do ACES Pinhal Litoral, registou-se uma redução de 72% de utentes sem médico de família, passando-se de "33.092 para 9.187 utentes, descida que, não só configura um enorme aumento na possibilidade de acesso aos cuidados primários de saúde, como também ainda é mais acentuada que a descida do mesmo indicador nacional".

O número de médicos e enfermeiros "também cresceu nos últimos dois anos".

"Para além disso, estamos a investir fortemente nas infraestruturas de saúde como se pode comprovar também pelas nossas visitas de hoje de manhã", adiantou.

No entanto, a carência no ACES Pinhal Litoral ainda não foi colmatada. António Sales afirmou que existem 174 lugares no quadro para médicos, estando apenas 148 preenchidos e das 215 vagas para enfermeiros, existem 185. Faltam ainda 68 administrativos e 35 assistentes operacionais.

Pedro Sigalho revelou que estão a decorrer concursos de mobilidade para as várias áreas da função pública, pelo que "enquanto não houver estabilidade em definitivo não irão abrir outro tipo de concursos" para o sector administrativo.

Em relação ao pessoal médico vai abrir um concurso para os clínicos de medicina familiar que concluíram o internato e outro de mobilidade, no qual "qualquer médico do quadro pode concorrer para outro ponto do país".

O director do ACES alertou, no entanto, que na área de influência do Pinhal Litoral foram contratados dez médicos aposentados, cujo contrato termina no final de 2018 e "cerca de 20 que vão entrar na idade da reforma daqui a dois a três anos".

Segundo adiantou Pedro Sigalho aos jornalistas, o ACES não pode contratar médicos para colmatar estas saídas antes delas acontecerem, mas a situação está a ser acompanhada pela tutela.

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