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Revisor da CP que atacou graffiters na Maia não vai a julgamento

04 de abril de 2019 às 11:44

Familiares dos graffiters consideraram que a nuvem de pó químico gerada pelo uso do extintor impediu os jovens de ver o comboio que os viria a atropelar.

Um juiz de instrução decidiu, esta quinta-feira, não levar a julgamento um revisor daCPque em 2015 atacou com pó químico de extintor, junto a um apeadeiro da Maia, trêsgraffitersque acabaram atropelados mortalmente por um comboio.

OMinistério Públicotinha arquivado o inquérito-crime sobre o caso, deixando inconformados os familiares de dois dos graffiters, estes de nacionalidade espanhola, que pediram ao Juízo de Instrução Criminal de Matosinhos para rever a decisão.

A morte dos dois graffiters espanhóis e de um português ocorreu às 20h30 de 07 dezembro de 2015 no apeadeiro Palmilheira-Águas Santas, na Maia, quando aqueles estariam a tentar grafitar as carruagens de um comboio que ali se encontrava parado e outra composição se cruzou a quase 120 quilómetros por hora, atropelando-os.

Antes do atropelamento, os graffiters foram atingidos com pó químico de um extintor empunhado pelo revisor.

Os familiares dos graffiters consideraram que a nuvem de pó químico gerada impediu os jovens de ver o comboio que os viria a atropelar.

A tese não convenceu o juiz de instrução criminal.

O que fez o revisor, considerou o juiz de instrução, "apenas potenciou de forma residual o já elevadíssimo risco de acidente".

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