Secções
Entrar

Relação de Lisboa rejeita recurso de Armando Vara

03 de novembro de 2015 às 17:17

Tribunal considerou correcta a medida de prisão domiciliária e não haver prescrição do crime de corrupção passiva

O Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou esta terça-feira um recurso do ex-ministro Armando Vara a contestar a medida de coação de prisão domiciliária, alegando a prescrição do crime de corrupção, disse à Lusa fonte judicial.

Segundo a mesma fonte, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) considerou correcta a medida de prisão domiciliária aplicada em Julho ao ex-ministro, no âmbito da Operação Marquês, e não haver prescrição do crime de corrupção passiva, já que se trata de corrupção passiva para acto ilícito.

A decisão do TRL foi tomada, após conferência, pelos juízes desembargadores Vieira Lamin (relator) e Ricardo Cardoso.

O recurso de Armando Vara reportava-se à decisão de 10 de Julho do juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), que colocou o ex-ministro socialista em prisão domiciliária, com pulseira electrónica, indiciado pelos crimes de corrupção passiva, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, no âmbito da Operação Marquês.

Apesar de Armando Vara ter deixado de estar em prisão domiciliária, mediante o pagamento de caução de 300 mil euros, por decisão judicial datada de 8 de Outubro, o recurso deste arguido contra a prisão domiciliária que lhe foi aplicada em Julho continuava pendente no TRL, que validou a decisão então tomada por Carlos Alexandre.

Armando Vara, antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos, e a filha Bárbara Vara são arguidos no processo Operação Marquês, estando o ex-ministro socialista a ser investigado por alegadas ligações ao empreendimento turístico de Vale de Lobo (Algarve).

Além de Sócrates e Vara, são arguidos no mesmo processo Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna, antigo motorista do ex-líder do PS, Paulo Lalanda e Castro, do grupo Octapharma, Inês do Rosário (mulher de Carlos Santos Silva), o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e o empresário Diogo Gaspar Ferreira.

Os investigadores pretendem também ouvir e constituir arguido o empresário Helder Bataglia, ligado ao empreendimento turístico de Vale de Lobo (Algarve) e que supostamente se encontra em Angola.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela