PS volta ao poder em Pedrógão Grande 24 anos depois

A corrida opunha Valdemar Alves a João Marques, que foi presidente durante 16 anos e que é agora provedor da Santa Casa da Misericórdia.

Como líder do PSD local, João Marques candidatou-se a este sufrágio a presidente da autarquia, depois de um interregno obrigatório -- via lei dos três mandados consecutivos - de quatro anos.

Valdemar Alves, que como presidente da autarquia de Pedrógão Grande vivenciou o incêndio que começou a 17 de junho e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos, aceitou então o convite do PS, depois de preterido pelo PSD, e venceu hoje pelos socialistas com maioria absoluta, com 56% para 38% (três vereadores para o PS e dois para o PSD).

A única vez que o PS tinha conseguido conquistar a Câmara de Pedrógão Grande aconteceu em 1993, então com um candidato que também tinha sido preterido pelo PSD: Mário Fernandes.

Nestas eleições, o PS apresentou como candidato à Assembleia Municipal -- órgão que também venceu -- Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio.

Em Castanheira de Pera, concelho que também foi atingido por aquele incêndio, o PS perdeu a liderança na câmara para Alda Correia (PSD), mas manteve-a em Figueiró dos Vinhos, com Jorge Abreu.

Em Figueiró, o PS conseguiu três vereadores em cinco, com 47% dos votos, contra 30% do PSD e quase 20% de um movimento independente. Estas duas forças colocam um vereador cada.

Em Castanheira de Pera, o actual presidente, Fernando Lopes (PS), estava impedido de se recandidatar por causa da lei de limitação de mandatos.

A câmara foi conquistada pelo PSD, com três vereadores contra dois do PS.

O PSD não ganhava a Câmara de Castanheira de Pera desde 1993.

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