Portugal tem 19 casos da variante Ómicron, todos ligados ao surto da B SAD
Em entrevista à RTP, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, avança que o número de casos de covid-19 em Portugal pode duplicar por altura do Natal.
O número de casos da variante Ómicron da covid-19 em Portugal subiu para 19, avançou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em entrevista esta quarta-feira à RTP.
A última atualização, feita durante a tarde pelo Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC), dava conta de 14 casos identificados da variante que tem gerado preocupação e que já levou a que Portugal, tal como outros países da União Europeia, suspendessem voos de e a partir da região da África Austral, onde a variante Ómicron foi identificada pela primeira vez.
Segundo Graça Freitas, os 19 casos identificados estão relacionados com o surto registado na B SAD, que levaram a que os serviços de urgência pediátrica e de consulta externa de pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, encerrassem esta terça-feira, devido a um caso de um médico em funções na unidade hospitalar ligado à B SAD.
Sobre o aumento de casos de covid-19 no país, que esta quarta-feira registaram o seu maior número desde o mês de fevereiro, Graça Freitas acredita que o número de infetados pode ser o dobro no Natal, ou seja, cerca de oito mil casos por dia.
Graça Freitas confirmou que Portugal está numa quinta vaga de covid-19, com um aumento do número infeções e de internamentos e mortes, referindo que pode haver duplicação dos casos dentro de 26 dias.
A diretora-geral da saúde indicou que espera que não seja significativa uma repercussão do aumento de casos nos internamentos, nos cuidados intensivos e no número de mortos, porque as vacinas protegem contra a doença grave.
A propósito das vacinas a diretora-geral salientou que há crianças internadas com covid-19, e nem todas são crianças com outros problemas anteriores, e defendeu a vacinação de crianças, estando a Direção-Geral da Saúde prestas a apresentar uma recomendação sobre a matéria, recebendo hoje mesmo um primeiro parecer.
Caso a decisão seja vacinar as crianças Portugal terá as primeiras 300 mil vacinas no dia 13 e o calendário de vacinação começará no próximo mês. E Graça Freitas alerta: as crianças são afetadas pelo vírus, o grupo com mais infeções é o dos zero aos nove anos, particularmente o grupo dos cinco aos nove anos.
Nas idades mais avançadas continua o processo de vacinação, estimando a responsável que o grupo etário dos 50 e mais anos possa começar a tomar a terceira dose da vacina a partir de janeiro ou fevereiro.
Com Lusa
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