Portugal com mais de 700 mil alojamentos vagos em 2021
Os dados dos censos mostram que apesar dos alojamentos vagos, 13% das casas estão sobrelotadas e um terço precisa de obras.
Os censos davam conta de que existiam 5,9 milhões de alojamentos familiares em Portugal, em 2021, sendo que mais 700 mil estavam vagos, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE). Foi apresentada esta quarta-feira o relatório "O que nos dizem os Censos sobre a habitação", preparada com base nos principais resultados dos censos realizados em 2021.
Do total dos imóveis em Portugal destinados à habitação, 12,1% desses estão vagos (e 15% são de residência secundária). Segundo o INE, 48% desses fogos vagos estão para arrendar ou para venda. Dos edifícios vagos, mais de 15% necessitava de reparações profundas.
É referido nos censos que dois terços (64%) dos prédios nacionais não necessita de reparações, mas que há mais de um milhão de edifícios a precisarem de obras. Destes, 21,8% necessitava de reparações ligeiras (780.126 edifícios), 9,4% de reparações médias (335.599 edifícios) e 4,6% de reparações profundas (163.101 edifícios). A grande maioria dos prédios a necessitar de reparações profundas estão vagos.
O INE revela ainda que o parque habitacional português é "relativamente novo", sendo que um terço do mesmo tem menos de 30 anos. Mas avisa que entre 2011 e 2021 a renovação dos edifícios tem vindo a reduzir.
Em 2021, 12,7% dos alojamentos de residência habitual encontravam-se sobrelotados (ou seja, com necessidade de pelo menos mais uma divisão), sendo que este é um problema principalmente na Região Autónoma da Madeira, onde esse valor sobe para os 23,3%, seguida da Região Autónoma dos Açores (17,4%) e do Algarve (16,9%).
O estudo concluiu ainda que as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto concentravam 39,1% dos alojamentos existentes no País e que é nestas regiões que os preços de arrendamento são mais elevados.
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