PJ investiga funcionários dos portos que deixavam passar carregamentos de drogas
Funcionários das Alfândegas são suspeitos de receber subornos de traficantes para “fechar os olhos” a contentores com cocaína vinda da América do Sul.
A Polícia Judiciária (PJ) está, desde a manhã desta terça-feira, a realizar uma grande operação de buscas a casas particulares, empresas e portos. Segundo informações recolhidas pelo NOW, a investigação diz respeito a suspeitas de corrupção praticadas por funcionários das Alfândegas que, a troco de contrapartidas, deixavam passar contentores com droga, sobretudo em Setúbal e Sines.
De acordo com um comunicado emitido pela PJ, a operação "Porthos" investiga a beneficiação de organizações criminosas dedicadas à exportação de elevadas quantidades de cocaína a partir da América Latina. Estas organizações criminosas usam os portos marítimos nacionais como porta de entrada de produtos estupefacientes no continente europeu.
A operação está a ser executada na área metropolitana de Lisboa, em Setúbal, Sines e em Leiria e visa a execução de 32 mandados de busca, dos quais 14 domiciliárias e 18 não domiciliárias, para recolha de elementos de prova complementares.
A operação "Porthos" conta com a presença de 150 inspetores e peritos de diversas unidades de apoio da Polícia Judiciária, e é acompanhada por quatro magistrados do Ministério Público.
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