Operários da CAMAC "só regressam com garantias"

 

No total esta empresa emprega cerca de 130 trabalhadores, estando em atraso o pagamento do mês de Abril e o subsídio de Natal de 2014.

 

Em declarações à agência Lusa, um dirigente do sindicato SITE-Norte e também trabalhador da CAMAC, Manuel Gonçalves, avançou que é intenção dos trabalhadores "apenas regressarem à produção quando receberem garantias por parte dos administradores da empresa".

 

"Os trabalhadores não regressam à produção enquanto não for depositado dinheiro nas contas. Ainda hoje devemos ter novidades. Existem promessas, é verdade, mas temos de as ver concretizadas", disse Manuel Gonçalves.

 

Já o delegado sindical do SITE-Norte, Miguel Moreira, descreveu a situação como "dramática" e desesperante", explicando que a intenção de permanecer à porta das instalações prende-se com "evitar que o património da CAMAC seja desfeito", porque, garantiu, "a empresa tem encomendas", logo "viabilidade pelo menos para o pagamento do que está em falta".

 

O recurso à greve e paralisação nesta empresa não é inédito. Em Julho do ano passado, cerca de uma centena de trabalhadores paralisou a produção também para exigir salários em atraso.

 

A agência Lusa contactou a CAMAC para tentar obter algum comentário, mas sem sucesso até ao princípio da tarde.

 

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