Operação Fratelli. Direção nacional da PJ proíbe nome do caso das buscas a Luís Bernardo e João Tocha
Comunicado oficial das buscas refere que se trata da "Operação Concerto", porém, 28 ordens de missão foram para o terreno com o nome que tinha sido aprovado pela direção da Unidade Nacional de Combate à Corrupção - "Operação Fratelli".
Esta quinta-feira foi conhecida a "Operação Concerto", que visa osempresários Luís Bernardo e João Tochapor suspeita dos crimes de corrupção, prevaricação, participação económica em negócio e abuso de poderes. No entanto, no terreno os inspetores tinham ordens de missão escritas com o nome que tinha sido aprovado pela direção da Unidade Nacional de Combate à Corrupção: "Operação Fratelli".
O nome inicial - uma alusão à forma familiar como os negócios seriam partilhados pelos consultores de comunicação, mas também ao facto de João Tocha ser maçon (os elementos tratam-se por Irmãos) e de Luís Bernardo estar ligado ao meio -, foi alterado pela direção nacional da Polícia Judiciária (PJ). Precisamente, uma estrutura onde são esperadas mudanças em breve, já que a comissão de serviço do diretor nacional, Luís Neves, caducou a 19 de junho e não foi renovada pelo Governo.
Esta alteração de nomes está a gerar mal-estar dentro da PJ, já que não é a primeira vez que tal acontece em poucos meses. O outro caso, foia operação de buscas na Madeira- que envolveram o presidente do governo regional - e que acabou por ficar sem nome oficial, tal como aSÁBADOdivulgou na época.
Na Madeira a operação foi batizada de Zarco, por causa do navegador português Gonçalo Zarco, que no século XV foi escolhido pelo Infante D. Henrique para organizar o povoamento e governar a ilha da Madeira. Mas, ao contrário de casos como a Operação Marquês ou Influencer, em que os nomes ganham muito destaque, a direção da PJ decidiu não atribuir qualquer nome público a estas buscas para não ferir suscetibilidades.
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