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Lisboa e Cascais vão ter formação para interpretar alertas de tsunami

27 de fevereiro de 2018 às 18:03

"Local exacto" onde serão colocados os equipamentos está actualmente a ser estudado. Instalação deve estar concluída até ao final do ano e envolve várias acções de sensibilização à população.

Os municípios e populações de Lisboa e Cascais terão, até ao final do ano, formação para interpretar alertas sonoros de tsunami emitidos por um sistema de alarme, disse esta terça-feira àLusao primeiro-secretário da Comissão Executiva Metropolitana de Lisboa.

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Segundo Carlos Humberto, o "local exacto" onde serão colocados os equipamentos nos concelhos de Lisboa e Cascais está actualmente a ser estudado, em articulação com a Protecção Civil.

A instalação deverá estar concluída até ao final do ano e envolve várias acções de sensibilização à população.

"Os equipamentos ou conhecimentos científicos e técnicos têm de ser o mais disponíveis possível para as pessoas. Procuraremos acompanhar a localização física dos equipamentos com acções de sensibilização e disseminar conhecimentos, para explicar à população como vai funcionar e quais os tipos de aviso que emitirá", disse o também ex-presidente da Câmara do Barreiro, à margem da apresentação do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas de Lisboa.

A instalação do sistema de alerta de tsunami é um dos eixos de actuação que a Área Metropolitana de Lisboa (AML) está a seguir em consequência dos impactos das alterações climáticas.

"Face às consequências das alterações climáticas, agimos de forma articulada com os municípios, em várias direcções - por um lado, o plano que visa dar resposta às alterações climáticas, que é um problema do presente e não do futuro; por outro, a instalação do sistema de alertas de tsunami", afirmou.

Relativamente ao momento em que se optou pela instalação dos sistemas, o primeiro-secretário afirmou que os "processos são demorados" e que o processo "começou há mais de dois anos".

"A candidatura para a instalação do sistema de alarme de tsunamis foi demorada, começou há mais de um ou dois anos, mas a consciência de que cada vez mais podemos estar sujeitos a fenómenos deste tipo obriga-nos a estar preparados", acrescentou.

Segundo o contrato publicado no Portal Base, a AML já adquiriu o sistema de alerta a uma empresa espanhola, por ajuste directo, por cerca de 48.500 euros, aos quais acresce o IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado).

O contrato define "a integração e interoperabilidade com o sistema de aviso já instalado no município de Cascais", bem como a "instalação de quatro sirenes de aviso, dois centros de controlo, com possibilidade de extensão/interface dos mesmos para a entidade adjudicante, de uma rede de comunicações entre os vários locais (sirenes de aviso e centros de controlo)".

O Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas, que se prevê estar no terreno em 2019, tem um especial enfoque na eficiência energética e nos transportes.

A Área Metropolitana de Lisboa integra 18 municípios.

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