Golas antifumo foram retiradas durante teste no incêndio de Monchique
Associação de Proteção e Socorro diz que podem provocar crises respiratórias agudas e recomenda que se complemente a análise feita ao material.
A Associação de Proteção e Socorro alertou, esta quarta-feira, que as golas antifumo distribuídas à população, quando expostas ao calor, libertam substâncias que podem desencadear crises respiratórias agudas e tiveram de ser retiradas quando testadas em 2018 no incêndio de Monchique.
Em comunicado, a Associação de Proteção e Socorro (APROSOC) diz que no ano passado, teve oportunidade de testar este material no incêndio de Monchique e foi obrigada a retirar as golas de imediato porque, com temperatura próxima dos 70º, libertam substâncias "com odor semelhante ao do fumo de plástico a arder, o que provocou irritação nas vias aéreas respiratórias".
A APROSOC alerta que este equipamento podem mesmo desencadear crises respiratórias agudas e recomenda que se complemente a análise feita a estas golas antifumo com a análise da qualidade do ar a inalar quando exposto o poliéster ao calor.
Os testes e o relatório do Centro de Investigação de Incêndios Florestais (CIIF), dirigido porXavier Viegas, foram feitos após as notícias que davam conta de que estas golas eram feitas de material inflamável.
O CIIF refere que o documento "constitui um relatório preliminar muito sucinto, uma vez que não foram ainda analisados muitos dos parâmetros que foram objeto de medição e registo durante os ensaios".
No sábado, oministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, mandou abrir um inquérito urgente sobre contratação de material de sensibilização para incêndios, na sequência de notícias sobre golas antifumo com material inflamável distribuídas no âmbito do programa "Aldeias Seguras".
Edições do Dia
Boas leituras!