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Fogo de Vila de Rei e Mação dominado em 90% e sem frentes ativas

23 de julho de 2019 às 08:58

Apesar de o incêndio estar quase dominado, a tarde pode voltar a trazer dificuldades, disse a Proteção Civil.

Oincêndioque deflagrou no sábado em Vila de Rei e que afeta também Mação está dominado em 90% e não apresenta frentes ativas, mas a tarde pode voltar a trazer dificuldades, disse esta terça-feira a Proteção Civil.

O comandante do Agrupamento Distrital do Centro Sul, Belo Costa, afirmou hoje, na conferência de imprensa das 08:00, que o incêndio que começou no sábado emVila de Reiestá dominado em 90%, sem qualquer frente ativa, mas com vários "pontos quentes preocupantes" (pontos com combustão lenta e sem propagação).

Apesar de um quadro favorável na manhã para o combate às chamas, Belo Costa recordou que, tal como nos dias anteriores, a tarde avizinha-se complicada, com o aumento da temperatura e do vento e a redução da humidade relativa.

"É contra essa ameaça que vamos trabalhar toda esta manhã", vincou o comandante, que falava aos jornalistas na Escola Secundária da Sertã.

Segundo Belo Costa, o combate está focado em "aproveitar as boas oportunidades" durante a manhã, com a intensificação do trabalho de maquinaria pesada (que também esteve a trabalhar durante a noite) e com forças apeadas da GNR e da Força Especial da Proteção Civil por forma a resolver "os tais 10% de perímetro que falta consolidar para garantir a resolução deste incêndio", estando também a ser realizadas manobras de fogo tático esta manhã.

Os pontos quentes do incêndio, que não chegou a entrar no concelho de Proença-a-Nova, situam-se na zona a norte da freguesia de Cardigos, concelho de Mação, abrangendo também uma parte do concelho de Vila de Rei.

Para além do trabalho para dominar a frente quente, Belo Costa salientou que durante a manhã também será feito "um trabalho de retaguarda" com pré-posicionamento de forças com "potência própria para evacuações", nomeadamente a GNR, Cruz Vermelha e INEM, em coordenação com a Segurança Social, caso seja necessário efetuar algum realojamento.

Caso as condições se agravem e os operacionais não consigam, em tempo útil, dominar os 10% que faltam de perímetro de incêndio poderão surgir "situações menos agradáveis", o que justifica o trabalho de retaguarda, explicou.

"Vamos empenhar-nos em combater a ameaça para que, quando chegar o período de exponenciação desses componentes [aumento da temperatura e vento], já podermos estar adiantados e precavidos", frisou.

Segundo Paula Neto, do INEM, o número de feridos mantém-se o mesmo desde a última conferência de imprensa, na segunda-feira às 20:00, com 16 feridos, um deles grave, num total de 39 pessoas assistidas.

Questionada sobre a notícia do Jornal de Notícias que afirma que o INEM levou cerca de quatro horas a ser transportado para o Hospital de São José, Paula Neto frisou que a vítima teve "a devida assistência diferenciada ao fim de seis minutos após o pedido de ajuda".

Em função da avaliação médica e da situação clínica do ferido grave, "foi considerado que o melhor meio de transporte para manter os cuidados e garantir a estabilidade do doente seria o helitransporte", disse.

"Houve algumas condicionantes que tinham a ver com as características de voo e de segurança que fizeram com que o helitransporte acabasse por não ser tão célere como seria a avaliação inicial da situação e acabou por não ser tão rápida a chegada do doente à unidade hospitalar", referiu.

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