Está em causa eleger Governo que "compreenda" problemas da Madeira

"Não vale a pena termos ilusões ou criar fantasias sobre o que está em causa", disse Miguel Albuquerque no comício que marca arentrée política e o início da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 4 de Outubro dos sociais-democratas, no Largo do Pelourinho (Largo das Palmeiras) repleto de pessoas, militantes e visitantes que provocaram uma enchente nesta ilha.

"O que está em causa é saber se queremos ou não queremos um governo que possa trabalhar com a Madeira e um primeiro-ministro que compreenda os problemas da Madeira e do Porto Santo", acrescentou.

O governante madeirense insistiu que "o que está em causa é ter ou não ter um Governo [na República] que compreenda os problemas da Madeira, que colabore na resolução dos problemas da Madeira e um governo nacional com quem o governo regional se possa entender como se tem entendido até agora" e um primeiro-ministro que compreenda os problemas da Madeira e do Porto Santo".

O responsável insular argumentou que o Estado e as regiões "não podem estar de costas voltadas", realçando que desde a visita que o actual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, fez à Madeira foi possível resolver "um conjunto de questões pendentes que estavam para resolver" há muito tempo.

E enunciou que estão ultrapassados, entre outros, os problemas com o IV regime do Centro Internacional de Negócios da Madeira e o tecto nas tarifas das ligações entre a Madeira e o continente, que passa a ter um máximo de 86 euros para residentes e 65 para estudantes, a partir de Setembro.

Também destacou que Pedro passos Coelho assumiu os compromissos de, na próxima legislatura, assegurar que a construção de um novo hospital na Madeira seja considerada como um projecto de interesse comum nacional e o estabelecimento de um "regime fiscal favorável" nesta região.

Miguel Albuquerque reconheceu ainda publicamente o trabalho desenvolvido pelos anteriores deputados do PSD na Assembleia da República, mas apontou ser "necessário sangue novo e renovar".

O presidente do Governo Regional da Madeira, que assumiu a pasta do Porto Santo nesta legislatura, focou depois a atenção na situação desta ilha, afirmando que este é "o seu melhor ano turístico" e que estão a ser tomadas medidas para que "continue a ter visitantes depois da época alta".

Discursou ainda a cabeça de lista pela Madeira à Assembleia da República, Sara Madruga, que classificou este de "o primeiro comício do PSD/M totalmente renovado", prometendo defender os interesses da Madeira com "bons argumentos e educação"

O presidente da concelhia do Porto Santo, Bernardo Caldeira, o qual salientou que a ilha "tem finalmente a atenção e o respeito" que merece do Governo Regional da Madeira, pois é "uma prioridade" e teceu duras críticas à vereação do PS que governa a câmara municipal.

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