Encontrados dois corpos dentro do barco naufragado na Figueira da Foz
Dois pescadores estão ainda desaparecidos. Dois sobreviveram à tragédia
Esta manhã, foram encontrados dois corpos dentro do arrastãoOlívia Ribau, que naufragou na passada terça-feira na Figueira da Foz. Duas pessoas ainda estão desaparecidas. Desde manhã que a equipa que ia tentar virar a embarcação estava no porto.
Antes das operações, o comandante Nuno Leitão, do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), explicou que a empresa que ia tentar proceder à reflutuação do arrastão queria garantir o desimpedimento da barra e, ao mesmo tempo, possibilitar que os mergulhadores forenses da polícia marítima e da armada pudessem aceder ao interior da embarcação.
"A empresa foi contratualizada pelo armador, já que é ele quem tem a responsabilidade de garantir o desimpedimento da barra. Em simultâneo, os mergulhadores vão tentar aceder ao interior da embarcação, que se encontra envolta em redes, e aceder em segurança para poder fazer uma vistoria e se existirem corpos lá dentro recuperá-los", avançou Nuno Leitão esta manhã, antes de ser encontrado o corpo.
Este responsável explicou que as condições do estado do mar "melhoraram consideravelmente" hoje, ressalvando, no entanto, que a posição em que se encontra o arrastão "é complicada", sobretudo com a ondulação existente.
"Atendendo que não se trata de um ponto fixo de acesso, toda esta área das buscas que se está a tentar fazer com as artes de pescas envolvidas no arrastão tornam estas operações complicadas, pois a visibilidade é nula", sublinhou Nuno Leitão.
O comandante do Instituto de Socorros a Náufragos explicou ainda que as operações encerram em si algum risco, mas este é "calculado", de forma que seja possível entrar em segurança no interior da embarcação.
O arrastãoOlívia Ribaunaufragou pouco depois das 19h00 de terça-feira à entrada do Porto da Figueira da Foz, provocando a morte de três pescadores. Duas pessoas estão ainda desaparecidas e dois foram resgatados com vida.
Na quarta-feira dezenas de pescadores e familiares das vítimas concentraram-se à porta da Capitania do Porto da Figueira da Foz exigindo explicações à Autoridade Marítima, recusando a versão das autoridades sobre a operação de socorro que se seguiu ao naufrágio e exigindo um pedido de desculpas e a colocação da bandeira nacional a meia haste em sinal de luto e respeito.
Edições do Dia
Boas leituras!