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Disponibilizado apoio psicológico à família da grávida que morreu na sexta-feria

Lusa 04 de novembro de 2025 às 20:48

A família anunciou que vai apresentar queixa contra a ministra da saúde, Ana Paula Martins, por difamação.

A Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra disponibilizou apoio psicológico à família da grávida e do bebé que morreram na semana passada, confirmou esta terça-feira à Lusa uma amiga próxima.
Sérgio Lemos
De acordo com a amiga da família Paloma Mendes, a diretora de Obstetrícia da ULS Amadora-Sintra contactou a família, informando que "se for preciso algum apoio a nível psicológico" podem contar com a ajuda da profissional. Paloma Mendes acrescentou que a responsável do hospital perguntou como estava a família, mas não deu detalhes sobre o apoio psicológico disponibilizado. Segundo a mesma fonte, a família vai apresentar queixa contra a ministra da saúde, Ana Paula Martins, por difamação. Em causa estão afirmações de Ana Paula Martins, que disse na Assembleia da República, na sexta-feira, quando questionada por deputados, que a grávida que morreu, de 36 anos, não tinha tido acompanhamento prévio no hospital. No domingo, a administração da ULS Amadora-Sintra reconheceu que a grávida que morreu, depois de ter tido alta dias antes, estava a ser acompanhada nos cuidados de saúde primários desde julho. Nesse dia, em comunicado, o conselho de administração da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra (ULSASI) revelou que, "devido à inexistência de um sistema de informação clínica plenamente integrado, que permita a partilha automática de dados e registos médicos entre os diferentes serviços e unidades [...]" só no domingo ao final da tarde foi possível verificar que a utente estava a ser acompanhada desde julho, na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Agualva da ULSASI. A administração daquela ULS realçou que a informação sobre o acompanhamento desde julho foi transmitida à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, no domingo. Em declarações à SIC e à CMTV, a família da mulher já havia garantido que a gravidez estava a ser acompanhada naquela unidade de saúde. A ULS Amadora-Sintra explicou, em comunicado, que a grávida de 38 semanas, natural da Guiné-Bissau, deu entrada no serviço de urgência, cerca das 01:50 de sexta-feira, transportada por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em situação de paragem cardiorrespiratória. A bebé nasceu de uma cesariana de emergência na Unidade Local de Saúde Amadora/Sintra e morreu no sábado de manhã. O hospital abriu um inquérito interno às circunstâncias da morte da grávida que esteve no hospital na quarta-feira para uma consulta, em que foi detetada uma situação de hipertensão, anunciou a instituição. Também a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) instaurou um processo de inquérito para avaliar a assistência ULS Amadora-Sintra. A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) anunciou também a abertura de um processo de avaliação com o mesmo objetivo, pelo que os dois organismos vão colaborar "de modo a obter todos os esclarecimentos necessários de forma complementar".
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