Demitiram-se em bloco 87 médicos do Hospital de Setúbal. Só três não assinaram carta de demissão
Após a saída do diretor clínico, Nuno Fachada, directores de serviço e coordenação também anunciaram demissão dos cargos. Bastonário diz que este é um "grito final" de "profissionais que se têm multiplicado em horas extraordinárias para que os serviços continuem a funcionar".
Após a demissão do diretor clínico do Hospital de Setúbal, Nuno Fachada, por "falta de condições" a 30 de setembro, um total de 87 directores de serviço e coordenação de unidades funcionais do hospital anunciaram também a saída do Hospital de São Bernardo, ameaçando a rotura dos serviços na unidade de saúde.
Em conferência de imprensa esta quarta-feirana sede da Secção Regional Sul da Ordem dos Médicos, em Setúbal, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, deixou um aviso de que este não é um "grito de alerta", mas sim um "grito final" de "profissionais que se têm multiplicado em horas extraordinárias para que os serviços continuem a funcionar". Apenas três profissionais de saúde não subscreveram a carta de demissão, divulgada esta quarta-feira após a recolha de assinaturas.
O diretor agora demissionário do serviço de Ginecologia, Pinto de Almeida, disse ainda que "o anúncio recente da contratação de dez novos médicos não chega", dando como exemplo de que, se os dez novos médicos fossem integrados no seu serviço, "ainda não ficaria completo" e que "o serviço só encerrou um dia por esforço dos que cá estão que são poucos", disse, citado pelo Jornal de Notícias.
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