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Coronavírus: Repatriamento de passageiros de cruzeiro não terá encargos para Portugal

22 de março de 2020 às 22:17

Segundo Eduardo Cabrita, a operação vai ser realizada sem os passageiros "entrarem tecnicamente em território nacional", sendo transferidos de autocarro do terminal de cruzeiros para o aeroporto de Lisboa.

A operação de repatriamento dos mais de 1.300 passageiros de um navio de cruzeiro que atracou em Lisboa, no âmbito do combate ao novo coronavírus, não terá qualquer encargo financeiro para Portugal, afirmou hoje o ministro da Administração Interna.

"O operador [do cruzeiro], em articulação, com as embaixadas é inteiramente responsável [pela operação], sem haver qualquer encargo financeiro para Portugal", afirmou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, após a primeira reunião da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência.

Segundo Eduardo Cabrita, a operação vai ser realizada sem os passageiros "entrarem tecnicamente em território nacional", sendo transferidos de autocarro, com escolta policial, do terminal de cruzeiros para o aeroporto de Lisboa, sendo "diretamente conduzidos aos aviões que os irão transportar para os países de origem".

O governante referiu ainda que será autorizada a saída dos 27 passageiros de nacionalidade portuguesa, que já realizaram os testes de despistagem do novo coronavírus, estando a aguardar os resultados, numa área dedicada no terminal de cruzeiros de Lisboa.

O navio de cruzeiros MCS Fantasia, operado pela MSC Cruises, atracou pelas 09:00 no porto de Lisboa, depois de ter saído em 09 de março do Rio de Janeiro, Brasil, com destino à Europa.

A bordo do navio viajam 1.338 passageiros, de 39 nacionalidades (incluindo portuguesa), e 1.247 membros da tripulação, de 50 nacionalidades.

A proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, foi uma das medidas decretadas pelo Governo aquando da declaração do estado de alerta no país.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 14 mortes e 1.600 infeções confirmadas.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

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