Secções
Entrar

Câmara de Lisboa já se tinha reunido com MAI sobre Urban

03 de novembro de 2017 às 12:38

A discoteca foi encerrada esta madrugada por despacho do ministro Eduardo Cabrita e na sequência da audição de Fernando Medina.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, admitiu já ter havido contactos entre a autarquia e o Ministério da Administração Interna (MAI) relativamente à discoteca Urban Beach, mas sublinhou que o reforço da segurança é competência do Estado.

"Esta não é a primeira vez que as questões relativamente à segurança naquela zona, e neste espaço em particular, são colocadas. Não é a primeira vez que dialogamos com a Polícia de Segurança Pública e com o Ministério da Administração Interna sobre este espaço, e estou certo de que o vamos continuar a fazer", disse o socialista Fernando Medina nos Paços do Concelho.

O autarca fez uma declaração aos jornalistas sobre as agressões ocorridas na madrugada de 1 de Novembro junto àquele estabelecimento, envolvendo seguranças do espaço.

A discoteca foi encerrada esta madrugada por despacho do ministro Eduardo Cabrita e na sequência da audição do presidente Câmara Municipal da capital.

Questionado sobre o reforço de medidas de segurança, nomeadamente a instalação de câmaras de videovigilância naquela zona ribeirinha, Medina respondeu que essa é "uma competência que é do MAI, partilhada com a Câmara, neste caso, porque se trata de instalação em espaço público".

"Há um trabalho que temos vindo a desenvolver, e que demorou vários anos, até à instalação da videovigilância no Bairro Alto, que está concretizada desde 2014 com a autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados", referiu.

"A segurança pública não é uma competência da Câmara Municipal de Lisboa, a Polícia Municipal não tem competências em matéria de segurança pública, por isso não se crie a ilusão de que há aqui policiamento por parte da Polícia Municipal nessa matéria. Não o pode fazer, só em circunstâncias especiais, quando é determinado pelo MAI", elencou o líder do executivo da capital.

O que o município poderá então fazer, continuou, é "colaborar sempre de forma muito activa e leal com a PSP e com o MAI para gerir estes acontecimentos na cidade".

Ainda assim, Medina apontou que está "em curso" um trabalho entre o município e a PSP "para o alargamento dessas zonas de videovigilância a outras zonas com maior frequência de vida noturna, e outras zonas com maior sensibilidade".

Questionado sobre se esta medida poderá alargar-se à zona do Urban Beach, o socialista respondeu que, "se for identificada como tal pela PSP, sê-lo-á".

Fernando Medina recriminou as agressões, considerando serem "comportamentos absolutamente revoltantes e ultrajantes", mas não considerou que a imagem da cidade estivesse em causa dada a proximidade da cimeira tecnológica Web Summit, que arranca na segunda-feira.

Esta manhã, o MAI esclareceu que o encerramento do Urban Beach, na madrugada desta sexta-feira, após agressões a dois jovens, deve-se também às 38 queixas apresentadas à PSP ao longo deste ano sobre aquela discoteca.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela