Secções
Entrar

Alcântara vai ter espaço verde que liga Monsanto ao Tejo

29 de setembro de 2016 às 14:01

Projecto prevê um novo parque urbano, requalificação de envolvente do Aqueduto das Águas Livres e da Avenida de Ceuta

A intervenção abrangerá 13 hectares, ao longo de três quilómetros, e terá um custo total de "não mais do que quatro milhões de euros", estimou o vereador Sá Fernandes em declarações aos jornalistas, esta quarta-feira, na apresentação do projecto para o corredor verde, que decorreu na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcântara.

"O antes longe torna-se agora mais perto", afirmou o vereador.

Segundo Sá Fernandes, a maior parte dos trabalhos estarão concluídos "daqui a um ano, ano e meio", podendo algumas intervenções estender-se a "20 meses".

A primeira intervenção, que será apreciada pelo executivo municipal a 13 de Outubro, está prevista para o parque urbano Quinta da Bela Flor e "irá a concurso por 1,5 milhões de euros", antecipou o vereador.

Ali nascerá um espaço verde, que será alimentado com água reutilizada proveniente da ETAR.

"Estamos a introduzir tubagens para que a reutilização da água seja uma realidade" em toda a cidade, apontou Sá Fernandes, referindo que isso permitirá "uma poupança e uma mostragem de boas práticas ambientais" aos munícipes.


De seguida, as obras estendem-se ao bairro da Liberdade, à criação de um viaduto ciclo-pedonal e ainda à construção de um túnel que permitirá a passagem debaixo da linha férrea.

A intervenção permitirá também a melhoria e o aumento da iluminação existente, a colocação de 700 novas árvores naquela zona da cidade e a criação de uma passagem pedonal por entre os pilares do Aqueduto das Águas Livres, foi anunciado.

"É absolutamente extraordinário passar debaixo do Aqueduto das Águas Livres, que é um dos monumentos mais importantes do mundo", sublinhou José Sá Fernandes.

Já a Avenida de Ceuta poderá contar com uma passagem de água no corredor central e faixas destinadas aos transportes públicos.

Questionado sobre possíveis constrangimentos para os cidadãos devido a estas intervenções, o responsável advogou que "a obra não incomoda ninguém, não há problema com a circulação automóvel, nem se estraga nada, pois os terrenos estão vazios".

Segundo Sá Fernandes, "não tem sido possível usufruir do vale", sendo "quase impossível chegar à estação ferroviária de Campolide a não ser de carro".

"Alcântara quer dizer ponte, mas não tem havido ponte nenhuma entre Campolide e Alcântara, entre o lado do Tejo e Monsanto", criticou, acrescentou que essa ligação também é inexistente para a zona norte da cidade.

Sá Fernandes vincou que "era um desejo de há muitos anos conseguir encontrar uma solução para este vale", acrescentando que o município "está a trabalhar neste projecto, que toda a gente considerava impossível, há dois anos".


"Não queremos um projecto perfeito, mas um perfeito projecto, que fosse fazível e concretizável, não fosse megalómano nem caro", observou.

Para a "próxima primavera", Sá Fernandes apontou a conclusão dos corredores verdes das zonas oriental, ocidental e central da cidade

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela